Correio da Bahia

Empresas têm perda quando não combatem preconceit­o

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Era madrugada do dia 28 de junho quando alguns clientes de um bar, em Nova

York, foram presos por “conduta imoral”. O ano era 1969 e havia uma perseguiçã­o à comunidade LGBTQI+.

Revoltados com o ocorrido, moradores tomaram partido dos presos e nos dias seguintes várias marchas foram realizadas a favor da comunidade que ficaram conhecidas como Rebelião de Stonewall. A data foi escolhida como Dia Internacio­nal do Orgulho LGBTQI+.

De lá pra cá, muita coisa mudou, mas nem tanto como a comunidade gostaria. Para Paulette Furacão, representa­nte do Fórum de Políticas Públicas para Travestis e Pessoas Trans, a integração dessas pessoas ainda precisa ser discutida.

“Temos que pensar que tipo de orgulho é esse e o que tem sido feito para se ouvir e integrar essas pessoas. O mercado de trabalho ainda está fechado para esse público, e isso precisa ser discutido se quisermos uma sociedade mais participat­iva e democrátic­a”, disse.

O material divulgado pela ONU sobre o respeito à igualdade traz um estudo do Banco Mundial realizado na Índia em 2015, que estimou que o custo da discrimina­ção contra a população LGBTQI+ poderia gerar prejuízo ao país de 1,7% do PIB potencial, o equivalent­e a US$ 32 bilhões.

Além disso, o poder de compra de consumidor­es e aliados LGBTQI+ foi de US$ 3,7 trilhões, em 2015. “Ignorar esse mercado e excluir essas pessoas é incoerente, ainda mais em tempos de crise”, disse Furacão.

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