Crise de imigração foi tratada por presidentes
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, utilizou sua conta no Twitter para dar os “parabéns” ao mexicano pela vitória nas eleições presidenciais. “Espero muito trabalhar com ele no futuro. Há muito a ser feito que beneficiaria tanto os Estados Unidos quanto o México”, escreveu Trump.
Ainda ontem, Trump ligou para Obrador e disse que mantiveram uma ótima conversa por telefone. Ele, também, antecipou que terá uma relação muito boa e de cooperação em temas migratórios com Andrés. “Acabo de falar com o presidente eleito do México”, afirmou aos jornalistas no Salão Oval da Casa Branca. “Tivemos uma ótima conversa. Acho que vai tentar nos ajudar com a fronteira”, acrescentou, em meio à tensão criada pela dura posição de Washington em relação aos imigrantes ilegais.
Obrador terá de lidar com um presidente americano hostil, que pretende deportar o máximo de imigrantes que conseguir e torpedear o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta). O fato de o México ser economicamente dependente dos EUA diminui seu poder de barganha nessa relação.
Mas experiência para lidar com isso não vai lhe faltar. Começou a militar na política nos anos 70. Com a imagem dos partidos tradicionais no chão, Obrador fundou o Movimento da Regeneração Nacional (Morena). Já foi prefeito da Cidade do México, de 2000 a 2005, com bom índice de aprovação . A política de tolerância zero com a imigração ilegal nos EUA não poderia deixar de marcar presença na conversa por telefone que o novo presidente do México, o esquerdista Andrés Manuel López Obrador, teve ontem com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O mexicano contou através do Twitter que propôs a Trump “reduzir a migração e melhorar a segurança”. “Recebi um telefonema de Donald Trump e conversamos durante meia hora. Propus a ele explorar um acordo integral; de projetos de desenvolvimento que gerem empregos no México, e com isso, reduzir a migração e melhorar a segurança. Houve um tratamento respeitoso e nossos representantes vão dialogar”, escreveu.
Apesar desse primeiro contato positivo, ainda há dúvidas sobre como ficarão as relações bilaterais após a posse de Obrador, que acontecerá dia 1º de dezembro. Ele promete liderar pelo exemplo. O tom personalista, às vezes messiânico, preocupa muita gente.