Operação da PF derruba ministro
O ministro do Trabalho, Helton Yomura, é um dos alvos da terceira fase da Operação Registro Espúrio deflagrada ontem. Além de ser alvo de busca e apreensão, a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República pediram ao Supremo Tribunal Federal (STF) o afastamento de Yomura do ministério. A medida foi aceita pelo ministro Edson Fachin, relator do caso.
A ação é um desdobramento da operação que investiga desvios no Ministério do Trabalho relacionados à concessão do registro sindical mediante pagamento.
Yomura, que é apadrinhado político do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) e de sua filha, a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) - ambos foram alvo das primeiras fases da Registro Espúrio -, prestou depoimento ontem acompanhado do advogado na Superintendência da Polícia Federal em Brasília.
Durante as perguntas feitas pelos investigadores, o mi- nistro preferiu ficar calado. Sua defesa afirmou através de nota ter certeza que Yomura não cometeu “nenhum ato ilícito” e “nega veementemente qualquer imputação de crime ou irregularidade”.
Para a Polícia Federal, Helton Yomura foi colocado como ministro para manter as irregularidades investigadas na operação, ele seria um “testa de ferro” do PTB, partido que indicou os ministros da pasta no governo Temer.
A polícia disse ainda que Yomura estava no cargo para “viabilizar a ingerência” da deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) no ministério, e “dar continuidade aos desmandos” do presidente do PTB, Roberto Jefferson.
Ao todo, foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão temporária em Brasília e no Rio de Janeiro. O gabine-