Bahia está abaixo da meta contra sarampo
Os recentes casos confirmados de sarampo no Rio de Janeiro e no Norte do país levantaram o alerta na Bahia. A preocupação aumentou com o balanço da cobertura vacinal no ano passado – os índices, que costumavam bater a meta de 95%, ficaram em pouco mais de 76%. Por isso, a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) montou um plano de emergência para evitar que a doença chegue por aqui.
“Devem ser feitas estratégias alternativas para vacinar a população que não está indo para os postos. A orientação é sair da ação passiva de ficar só na unidade e desenvolver ações ‘extramuro’, como em shoppings, escolas, mercados e visitação casa a casa”, afirmou o coordenador de imunização da Sesab, Ramon Saavedra.
Uma primeira reunião técnica com os secretários de Saúde das 63 cidades que estão com baixa cobertura vacinal para poliomielite, segundo o Ministério da Saúde, está prevista para o dia 13. Depois, outro encontro deverá ser realizado com os prefeitos. Por fim, mais uma reunião técnica está prevista para acontecer entre os dias 19 e 20 com todas as cidades.
Este ano, entre janeiro e abril, o estado teve 24 suspeitas de doenças como sarampo e rubéola. No ano passado, foram 78 suspeitas de sarampo. Nenhum caso positivo foi registrado.
Sobre o preenchimento dos dados sobre cobertura vacinal, o Ministério da Saúde afirmou ao CORREIO que é dever dos estados e municípios preencher o sistema de forma correta, “para que a pasta tenha a real situação das coberturas das vacinas ofertadas no Calendário Nacional de Vacinação”. Em caso de divergência, os gestores locais devem informar ao ministério para que a correção seja realizada.
O ministério ainda ressaltou que alguns estados e municípios possuem sistemas próprios e que é dever deles realizarem a migração dos dados para a plataforma federal. “É importante ressaltar que cabe aos municípios e aos estados avisar ao Ministério da Saúde, caso ocorra algum problema de compatibilidade dos sistemas do município com o Ministério da Saúde”, diz a nota.