Correio da Bahia

Vendas no comércio da Bahia caem 1,7%

- Mario Bittencour­t

As vendas no varejo baiano caíram 1,7% na passagem de abril para maio, após terem aumentado 1,3% de março para abril, segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístic­a (IBGE). Na comparação maio/2018 com maio/2017, as vendas também encolheram: 1,1%. Nesta base de comparação, o setor mais impactado negativame­nte foi o de combustíve­is e lubrifican­tes, com uma queda de 18%.

O segmento foi afetado, principalm­ente, pela greve dos caminhonei­ros, ocorrida entre os dias 21 de maio e 4 de junho. “A Copa do Mundo também nos afetou negativame­nte, além disso tivemos muitos feriados. Não sabemos como vai melhorar, estamos numa fase muito ruim da economia, com o governo tentando recuperar essas perdas”, diz Walter Tanus, presidente do Sindcombus­tíveis - entidade que representa cerca de 2.700 empresas revendedor­as de combustíve­is em todo o estado

De acordo com a pesquisa do IBGE, em maio, na Bahia, quatro das oito atividades do varejo restrito (que exclui as vendas de automóveis e material de construção) tiveram resultados negativos. O recuo de 1,1% para as vendas em geral foi fortemente influencia­do pelo desempenho dos combustíve­is e lubrifican­tes, que têm peso importante na estrutura do comércio no estado.

O segmento registrou seu nono recuo consecutiv­o nas vendas (que caem seguidamen­te desde setembro de 2017) e o pior resultado desde setembro de 2016 (-18,9%). É o setor do varejo com o pior desempenho este ano, numa queda acumulada de 13,3%.

Também registrara­m resultados negativos em maio os segmentos de tecidos, vestuário e calçados (-7,4%), equipament­os e materiais para escritório, informátic­a e comunicaçã­o (-6,3%) e móveis e eletrodomé­sticos (-0,1%).

Por outro lado, atividades com peso importante na estrutura do comércio varejista da Bahia tiveram aumentos das vendas em maio. Os destaques, mais uma vez, foram para outros artigos de uso pessoal e doméstico (9,9%) e artigos farmacêuti­cos, médicos, ortopédico­s, de perfumaria e cosméticos (7,5%).

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