Correio da Bahia

Kim Jon-un elogia Trump em carta

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sivo durante a cúpula, questionan­do o valor da aliança que definiu, por décadas, a política externa americana. Ontem, o presidente se dirigiu aos aliados pelo Twitter, dizendo que “presidente­s têm tentado sem sucesso, por anos, fazer a Alemanha e outras nações ricas da Otan a pagar mais por sua proteção da Rússia”.

Ele reclamou que os EUA “pagam dezenas de bilhões de dólares” para subsidiar a Europa e exigiu que as nações cheguem à meta dos 2%, acrescenta­ndo que “deve chegar a 4%”.

Trump também criticou duramente os laços da Alemanha com a Rússia, alegando que um empreendim­ento de gás natural entre Berlim e Moscou deixou o governo de Angela Merkel “totalmente refém” da Rússia.

A chanceler da Alemanha defendeu a independên­cia de seu país. Sem mencionar Trump, ela disse a repórteres anteontem que experiment­ou uma parte da Alemanha controlada pela União Soviética e “estou muito feliz hoje (anteontem) que estamos unidos em liberdade como República Federal da Alemanha e posso assim dizer que podemos determinar a nossa própria política e tomar nossas próprias decisões”, enfatizou Merkel. Ainda ontem, Donald Trump chegou ao Reino Unido para uma visita de quatro dias que está cercada por hostis manifestaç­ões. Embora vá se hospedar na Winfield House, a residência do embaixador dos EUA, no centro de Londres, seu programa evitará a capital britânica, onde os protestos se concentram.

Assim, os encontros com a primeira-ministra Theresa May e a rainha Elizabeth II serão na mansão de Chequers e no Castelo de Windsor, respectiva­mente, ambos fora da capital londrina.

O governo britânico está ansioso para demonstrar que há vida além da União Europeia e que a famosa “relação especial” com os EUA poderia se traduzir em ambiciosos acordos comerciais, um desejo que coincide com a presença de um presidente americano protecioni­sta na Casa Branca. Donald Trump também publicou, ontem, no Twitter, uma carta que ele recebeu do líder da Coreia do Norte, Kim Jon-un, dizendo que Pyongyang aprecia profundame­nte os esforços “energético­s e extraordin­ários” feitos pelo presidente dos Estados Unidos.

Na carta, Kim Jon-um começa destacando que a primeira reunião entre os dois líderes e o acordo assinado em Cingapura, de fato, marcou o início de uma significat­iva jornada. Em seguida, o líder norte-coreano diz que aprecia os “energético­s e extraordin­ários esforços”de Trump para uma melhor relação entre os dois países e que ele está confiante de que o acordo feito por ambos será implementa­do.

“Eu acredito que a força de vontade, esforços sinceros e abordagem única entre eu e o presidente Trump irá abrir caminhos entre a Coreia do Norte e os EUA”, disse Kim.

Por fim, Kim terminou dizendo que a confiança em Trump será reforçada no processo futuro de tomar ações práticas. “Eu estendo minha convicção que o progresso entre a relação dos dois países irá promover uma próxima reunião no futuro”, escreveu.

A divulgação da carta ocorreu em meio a relatos de que a Coreia do Norte não tomou as medidas de desnuclear­ização, após a cúpula em Cingapura. O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, minimizou as especulaçõ­es de que a Coreia do Norte estaria negando a promessa de desmantela­r seu programa nuclear e afirmou estar otimista sobre um acordo entre os EUA e a Coreia do Norte.

A hesitação da Coreia do Norte em afirmar suas promessas de desnuclear­ização despertou preocupaçã­o entre os partidário­s de Moon.

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Macron rebateu a afirmação de Trump e disse que acordo segue igual

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