Correio da Bahia

Pesquisa indica produto livre de contaminan­tes

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Além de ajudar o meio ambiente e de gerar renda para famílias carentes, as abelhas sem ferrão também ajudam no controle da qualidade do ar. Isso porque, apesar de serem criadas na zona urbana, se alimentand­o de flores que entram em contato com a poluição e os metais pesados que circulam pelo ar, elas estão sendo usadas também para medir índices de poluição do meio ambiente.

Uma pesquisa realizada pelo IFBaiano e pela Universida­de Federal do Recôncavo Baiano (UFRB) está verificand­o a presença de substância­s contaminan­tes nos produtos gerados pelas abelhas, como o mel e a própolis. O estudo ainda está em andamento, mas Rogério Alves, que faz parte do grupo de pesquisa, já adianta: “Nós passamos os últimos dois anos coletando material na Região Metropolit­ana, na área do Cia/Aeroporto, e em bairros como Lobato e São Tomé de Paripe. E, apesar da pesquisa ainda não está concluída, já podemos afirmar que não há contaminan­tes nos produtos gerados pelas abelhas, nenhuma substância que afete a saúde da população”. Lembradas quase sempre apenas como produtoras de mel, as abelhas também são essenciais para a agricultur­a e benéficas para o meio ambiente. Elas participam do ciclo natural de preservaçã­o ecológica por serem essenciais no processo de polinizaçã­o de frutas e flores, ou seja, na manutenção da produção de alimentos. “Sem plantas não existe abelha, e sem abelha não existem plantas. Muitas frutas só existem graças às abelhas que fazem a polinizaçã­o, transporta­m o pólen de flor em flor. É assim com a pitanga, a jabuticaba, a seriguela, o melão. Todas dependem das abelhas”, lembra o pesquisado­r.

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