COB prevê corte no orçamento
Enquanto tenta recuperar a confiança de investidores após passar os últimos meses do ano passado vendo seu ex-presidente preso e suspenso pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), o Comitê Olímpico do Brasil (COB) planeja a participação nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 com um orçamento mais enxuto e com metas parecidas com as de Londres (2012) e Pequim (2008). Para a competição que começará daqui a dois anos, o COB pretende levar 250 atletas, número que representa pouco mais da metade dos 465 que disputaram a edição no Rio (2016).
No último ciclo olímpico, o comitê contou com cerca de R$ 700 milhões em repasses da Lei Agnelo-Piva, sendo que o montante dobrou com a injeção de recursos de patrocinadores privados. Agora, apesar de evitar cravar números, o COB estima que o repasse de recursos públicos será de até R$ 100 milhões a menos. Esta temporada, a aplicação direta no esporte até dezembro será de R$ 153 milhões.
Para agravar a situação, o comitê tem até o momento apenas dois patrocinadores privados, um para material esportivo e outro que oferece cursos e parcerias. Em nenhum dos casos há aplicação direta de dinheiro.
A previsão de medalhas não foi anunciada pelo COB. Em 2016, o Brasil conquistou 19 pódios, longe do estipulado pela própria entidade, que previa 27 medalhas e o Top-10 no quadro final. O País acabou em 12º. Agora, a estimativa ficará para a véspera da Olimpíada.