Produção de ovos na Bahia cresce 122%
Seabra e Jacobina, principais produtoras do Estado.
A diferença da produção baiana entre 2006 e 2017 chega a 85,31%, são 11 mil toneladas a mais. A oferta de outras duas frutas bem populares também cresceu. A produção de jaca aumentou 57%. Já a de abacaxi aumenTambém registraram alta na oferta a banana, o açaí, batata, berinjela, cebola, goiaba, manga, uva e pimentão.
O IBGE ainda não tem informações exatas sobre o consumo dos alimentos. Mas os dados não vão demorar de ser conhecidos. “Nós acabamos de coletar os dados da Pesquisa de Orçamento Familiar. Passamos um ano pesquisando para saber em que as pessoas estão gastando, quais os produtos mais consumidos. A pesquisa vai mostrar o peso de cada produto no orçamento das famílias, quanto se gasta com frutas, e as variações de consumo. Os resultados devem ser divulgados até o início do ano que vem”, adianta André Urpia.
Nas feiras, ruas ou supermercados, os consumidores já indicam o que mais gostam. Toda semana Agnaldo Santos vai até a feira das Sete Portas e compra o abacaxi que vem de Itaberaba. “Lá em casa sempre tem. Ainda mais agora que o abacaxi está graúdo”, diz o auxiliar administrativo. As galinhas poedeiras da Bahia colocaram 81 milhões e 646 mil dúzias de ovos no ano passado. Isso representa 122,7% a mais do que em 2006, o penúltimo grande censo. Naquele ano, foram 36 milhões e 660 mil dúzias de ovos. O crescimento é quase o dobro da média nacional que ficou em 67,7%.
“As pessoas estão consumindo mais ovos, principalmente quem faz exercícios físicos e frequenta academia. O ovo está na moda, por ser um alimento comprovadamente saudável. O aumento da procura tem sido visto como oportunidade de mercado pelos produtores”, explica a Diretora Executiva da Associação de Avicultura da Bahia, Patrícia Nascimento.
Apesar de tímida, a participação da Bahia na produção nacional de ovos subiu de 1,3% para 1,7%. Porém, as 44 milhões de dúzias a mais não foram suficientes para atender o mercado interno. A chamada “febre do carro do ovo” ajudou a incentivar o consumo, e a mostrar que o mercado tem espaço para absorver tudo o que for produzido.
Entretanto, mais de 65% dos ovos que abastecem a Bahia ainda vem de outros estados, principalmente do Espírito Santo e Minas Gerais. De olho neste nicho, os avicultores planejam aumentar a produção no estado. “Além da expansão da produção das grandes granjas, temos a perspectiva de abertura de outras empresas no ramo, ainda este ano. A expectativa é de que estes novos investidores já comecem a produzir neste segundo semestre”, acrescenta.
A produção baiana está concentrada em dez municípios, que respondem por 56% dos ovos de galinha gerados no estado. A maior granja fica em Entre Rios. De lá saíram, no ano passado, 18 milhões e 76 mil dúzias de ovos. Correspondente a 22% da produção baiana. As 700 mil aves da Granja Sossego põem mais de
600 mil ovos por dia. Significam também emprego para mais de 300 pessoas.
Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal, o consumo por pessoa no Brasil subiu de 148 para 190 ovos por ano, entre 2010 e 2016. Mas em alguns países esta média é bem maior. O consumo anual chega a 300 ovos por pessoa, no caso da Dinamarca e México.