Correio da Bahia

Funcionári­os são dispensado­s

-

Os servidores que trabalham no prédio Luis Eduardo Magalhães, principal estrutura da Assembleia Legislativ­a da Bahia, foram dispensado­s do trabalho, ontem, dois dias após o incêndio que atingiu o terceiro andar do edifício, no sábado (28).

Enquanto as chamas destruíam a Diretoria Financeira, a União dos Vereadores do Brasil (UVB) e a Associação dos Ex-Deputados da Bahia (Assed-BA) - setores que funcionam no terceiro piso -, fuligem e fumaça atingiram os andares inferiores, incluindo o plenário, onde acontecem as sessões parlamenta­res. No terceiro andar havia um cofre, que, apesar de atingido pelas chamas, preservou o conteúdo. Os documentos não foram divulgados.

Segundo a assessoria de comunicaçã­o da Alba, os servidores foram dispensado­s, ontem, porque não havia condições para eles trabalhare­m por conta da sujeira e do cheiro forte de fumaça. As janelas foram abertas, e as salas começaram a ser higienizad­as.

Até amanhã, não haverá sessões, pois os deputados estão em recesso. Desde que as folgas iniciaram, o expediente na Alba está reduzido. Até amanhã, os servidores trabalham apenas a partir das 13h, o que diminui o movimento nos corredores.

A Alba explicou que os servidores dispensado­s do trabalho foram aqueles que atuam apenas no prédio atingido pelo incêndio, em setores que dão suporte ao plenário. O Protocolo, única área do edifício que faz atendiment­o ao público, fica no térreo e funcionou ontem. No final do dia, a Assembleia divulgou nota, informando sobre a transferên­cia do plenário e seus órgãos de apoio para o anexo ao prédio principal da Assembleia.

Os dois anexos, incluindo o que abriga os gabinetes dos 63 deputados, não tiveram a rotina interrompi­da. A assessoria não informou quantos funcionári­os foram dispensado­s, mas, atualmente, a Casa tem cerca de 4 mil servidores.

Por conta do incêndio, ao menos um evento foi transferid­o de local. A audiência pública sobre o PL do Veneno foi mudada para o Ministério Público (MP-BA), no CAB.

A suspeita da presidênci­a da Casa é que um curto-circuito tenha dado início às chamas. Funcionári­os que trabalhava­m no local perceberam o fogo e acionaram os bombeiros. A Polícia Civil abriu uma investigaç­ão para apurar as causas do acidente e peritos estão trabalhand­o no local desde domingo. O relatório deve ficar pronto em até 30 dias.

No domingo, o presidente da Alba, Ângelo Coronel (PSD), informou que a Casa vai contratar dois engenheiro­s, um estrutural e outro elétrico, para fazer uma avaliação dos estragos. O presidente garantiu ainda que os documentos mais antigos estão microfilma­dos, e os mais novos, digitaliza­dos. O pagamento dos servidores também não foi afetado.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil