Vinci realiza reparos emergenciais no aeroporto
Os problemas mais graves apontados pelo levantamento foram em relação à disponibilidade de tomadas, avaliada com 3,34 pontos de satisfação, e o custo-benefício dos restaurantes e lanchonetes com apenas 2,7 pontos - a pior nota dos aeroportos nordestinos avaliados pela pesquisa.
Ontem, a reportagem do jornal CORREIO esteve no aeroporto e conversou com alguns passageiros, no entanto, nenhum deles apontou a dificuldade de encontrar tomadas como as citadas na pesquisa. O mergulhador profissional Fábio de Queiroz, 36 anos, que viaja a cada 15 dias e passa frequentemente pelo local, reclamou do preço da alimentação. “Eu acho tudo muito caro, mas isso é em qualquer aeroporto, né?”, diz, acrescentando que faz de tudo para não precisar comer lá durante suas viagens.
Já a educadora Adriana Tisott, 35 anos, achou os preços razoáveis se comparados com os de sua cidade natal. “Em comparação com Porto Alegre aqui é muito mais barato, além de ter mais opções também. Nem parece que eu estou em um aeroporto”, diz.
Outra queixa foi em relação à sinalização no local. O casal Margarine Felipe, comerciante, e Álvaro Alves, engenheiro agrônomo, acabou encontrando a praça de alimentação meio que por acaso. “Quando desembarcamos, só encontramos algumas lanchonetes e cafés, não sabíamos que haviam mais opções para comer”, diz Álvaro.
Outro problema causado pela sinalização deficiente foi justamente em relação aos fraldários do local. A dona de Casa Telma Almeida, 55, até chegou a pedir informações sobre a localização do fraldário para trocar sua pequena Alice, 4 meses, mas o local indicado estava fechado. “Tive que trocar no carro, mesmo”, afirmou. A Vinci Airports informou, por meio de nota, que desde o dia 2 de janeiro deste ano o aeroporto de Salvador passou por um acelerado processo de reparos emergenciais, que incluem manutenção do sistema de ar-condicionado, melhorias nos banheiros e fraldários, além de instalação de wifi de alta velocidade.
Esses e outros esforços, diz a nota da empresa, têm sido empreendidos de maneira a aumentar o conforto e o bem-estar de passageiros e outros usuários. “Atualmente, o equipamento passa por obras de modernização e ampliação. As intervenções vão proporcionar um ambiente mais moderno, funcional e agradável de estar a todos os usuários. Com a reforma, novas tomadas serão instaladas, de forma a disponibilizar uma oferta adequada à demanda existente. Também serão realizadas melhorias na sinalização interna e externa”, garante a concessionária.
Quanto ao preço dos alimentos, a empresa garantiu que, após a conclusão da primeira etapa da reforma, no segundo semestre do próximo ano, novos estabelecimentos comerciais deverão ser integrados ao aeroporto, além das marcas que já estão presentes, o que deverá proporcionar mais opções e variedade de preços.
A concessionária ainda ressaltou que, atualmente, oferece opções de alimentação de preços variados, tanto na praça de alimentação e nos quiosques espalhados pelo terminal de passageiros quanto na praça externa e nas máquinas de vendas, que oferecem alternativas mais acessíveis.
A Vinci Airports informou, ainda, que tem feito um trabalho de sensibilização junto aos seus subconcessionários em relação aos valores cobrados pelos produtos ofertados para que esses não ultrapassem muito o que se espera. As obras de reforma e modernização do aeroporto de Salvador encontram-se em sua primeira etapa. A expansão do terminal de passageiros deverá ser de mais 20 mil metros quadrados, além da implantação de sete novas pontes de embarque, expansão do pátio de carregamento e descarregamento, nova central de resíduos sólidos, entre outros.
A primeira fase das intervenções deverá estar concluída até outubro do ano que vem.