Baiana nota 1.000 na Redação não gostava de escrever
Uma das duas únicas candidatas da Bahia a receber nota máxima na Redação do Enem 2017 – nota 1.000, brocância absoluta –, Mariana Camelier, 18 anos, não gostava de colocar suas ideias no papel. Mais que isso: sempre teve dificuldade em redação na época da escola. “Eram minhas piores médias no ensino fundamental. Só comecei a gostar mais no 2º e 3º ano (do ensino médio)”, revela a jovem. Filha de dentistas, foi com unhas e, claro, dentes que ela conseguiu adquirir e aperfeiçoar as habilidades necessárias para abocanhar uma das concorridas vagas de Medicina na Universidade Federal da Bahia (Ufba), onde já concluiu o primeiro semestre. “Eu estudava todo dia de tarde até umas 21h, e fazia curso de Redação fora da escola, para o qual eu escrevia duas redações por semana. Dedicava umas 4h por semana para Redação”, calcula Mariana, que entrega um dos macetes usados na hora do exame: fazer um brainstorming (tempestade de ideias), antes de começar a redigir o texto. A partir daí, levou mais ou menos 1h20 para organizar e concluir sua obra-prima.
A primazia no texto veio, entre outras coisas, com leituras de revistas e sites de notícia, além dos simulados, que ajudaram a controlar o estresse na hora ‘H’. “Nunca tinha lido nem treinado (para escrever sobre o tema proposto). Tive que fazer tudo na hora. Foi bem estressante, até, mas eu já estava acostumada ao estresse, por causa dos simulados que fazia na escola e em casa”, comenta. Mas qual a dica de ouro para ser primeirona na redação? “Não pode nunca tangenciar, fugir do tema. Tem que focar e relacionar bem os argumentos a ele, caso contrário, perde-se muito ponto”. Segue a líder.