Internalizar frota pode ser vantajoso
A terceirização do transporte é um método usado pela grande parte dos produtores rurais da Bahia. Os custos com funcionários fixos e encargos sociais oneram a manutenção de uma frota própria. Muitos produtores consideram a terceirização também uma forma de economizar tempo e assim poder focar na atividade principal do negócio.
Entretanto, alguns agropecuaristas já internalizaram o serviço e mantem frotas particulares para transportar a produção. É o caso do produtor rural Fred Jordão, no município de Várzea Nova, na região do sisal, a 400 quilômetros de Salvador. Ele montou uma frota de 14 caminhões para transportar as frutas até a indústria, e levar os produtos beneficiados para o consumidor. Os caminhões são todos refrigerados, já que a agroindústria produz iogurtes, queijos, néctar e polpas de frutas. Alimentos que exigem condições especiais de transporte.
Ele diz, que quando começou o negócio há mais de 18 anos, alguns especialistas desaconselhavam a compra dos caminhões. “Mas quando eu fiz as contas, vi que não dava para trabalhar com caminhão dos outros. Os meus produtos têm hora, dia e condição certa para chegar. Segundo, estes caminhões refrigerados gastam mais combustível do que os outros. O que torna o frete mais caro também”, diz.
A dificuldade para encontrar caminhões refrigerados para alugar também é outro entrave. “Foi uma questão estratégica. No interior é muito difícil encontrar caminhões apropriados para produtos congelados e refrigerados. Fazendo as contas hoje, se fosse pagar pelo frete, o serviço representaria até 15% do meu custo de produção. É muito alto e tornaria o negócio inviável”.