Correio da Bahia

Postos cortam 600 empregos

- Mário Bittencour­t e Yasmin Garrido

Alegando problemas com a carga tributária e a redução nas vendas de gasolina e diesel, donos de postos de combustíve­is da Bahia demitiram, no primeiro semestre deste ano, cerca de 600 funcionári­os. Desse total, segundo o Sindicato dos Trabalhado­res em Postos de Combustíve­is da Bahia (Sinposba), pelo menos 200 dispensas ocorreram nos últimos 60 dias na rede Menor Preço, que possui unidades em várias cidades do interior e tem sede em Feira de Santana.

O CORREIO tentou, diversas vezes, contato com a direção da rede Menor Preço, ontem, mas não obteve retorno. Gerentes de postos de Feira de Santana disseram que não poderiam comentar as demissões. Nos postos da bandeira em Salvador, o clima é de apreensão. “Estamos inseguros com essas demissões. Eu tenho medo porque sou pai de uma menina de 8 meses e não posso ficar desemprega­do”, disse Eduardo Santana, 25, frentista do Posto Menor Preço do CIA.

No posto BR em Águas Claras, a última demissão foi há dois meses, quando dois funcionári­os perderam o emprego. E, além das demissões, outro problema que preocupa o frentista Valdir Mathias, 43, é a falta de segurança. “Por enquanto, eu ainda não pensei nas demissões, mas precisamos trabalhar com mais segurança”, afirmou.

No posto Shell de Simões Filho, o clima é de mais tranquilid­ade. O chefe de pista Claudécio Caldas informou que, em vez de demitir, o posto contratou. “Sou chefe de pista há quatro meses. Me sinto seguro aqui e não fiquei sabendo de demissões. Aqui a empresa tem contratado cada vez mais e eu sou um exemplo disso”.

Dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP) mostram que foram comerciali­zados na Bahia, no primeiro semestre deste ano, 3,365 bilhões de litros de combustíve­is (etanol, gasolina de veículos terrestre e de aviação, GLP, óleo combustíve­l, óleo diesel,

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