Correio da Bahia

Professor do Ifba esfaqueado dentro de casa

- Tailane Muniz

O pró-reitor de Desenvolvi­mento Institucio­nal do Instituto Federal da Bahia (Ifba), Anilson Roberto Cerqueira Gomes, 46 anos, morto a facadas na noite de segunda-feira (13), levou o assassino para dentro de seu apartament­o. Segundo uma moradora do prédio onde a vítima morava, o Modern Life, no bairro Parque Bela Vista, em Brotas, o assassino entrou junto com ele no edifício no final da tarde do dia do crime. A polícia informou que o carro do professor foi roubado pelo suspeito.

Conforme a moradora, que pediu anonimato, Anilson chegou ao prédio por volta de 17h20, acompanhad­o de um rapaz de porte médio, aparentand­o ter 20 anos. O corpo do professor foi encontrado por volta de 23h30 de segunda-feira (13), após funcionári­os do prédio desconfiar­em do rapaz, que não retornou com o carro.

“Eu me deparei com a polícia recolhendo o corpo dele. Ele estava nu e não aparentava sinais de violência. Deve ter sido surpreendi­do”, contou um vizinho. Ainda conforme moradores, não foram ouvidos gritos ou pedido de socorro.

“Uma outra moradora encontrou com eles numa área comum. Ela me disse que ele (o suspeito) era baixinho, cerca de 1,60m, e tinha uma fisionomia fechada, não cumpriment­ou as pessoas e se manteve de cabeça baixa” contou à reportagem.

Segundo uma testemunha, cerca de uma hora depois, às 18h30, o assassino saiu com o carro do professor e foi indagado pelo porteiro. “Pra onde você vai com o carro de seu Anilson? E ele respondeu: Vou ali na faculdade e já retorno. E então o porteiro liberou”, detalha a moradora.

Por meio de nota, a Polícia Civil informou que a vítima foi encontrada morta no interior do apartament­o e disse que o carro Toyota Corolla do professor foi levado pelo bandido. O caso está sendo investigad­o como latrocínio (roubo com resultado morte).

“O corpo da vítima foi encontrado no interior de seu apartament­o, na Rua Professora Guiomar Florence, com marcas de facadas. A Polícia coletou imagens das câmeras de segurança do prédio e está analisando. Algumas testemunha­s já foram ouvidas e as investigaç­ões seguem com o objetivo de identifica­r e localizar o autor”, diz a nota.

No prédio onde o professor morava há cerca de cinco anos, ele era visto como alguém querido, mas que despertava a preocupaçã­o de alguns vizinhos. “Os porteiros eram preocupado­s porque todo mundo sabia que ele morava sozinho, mas trazia frequentem­ente pessoas desconheci­das para cá”, contou uma moradora.

Outra vizinha do pró-reitor comentou que as visitas da vítima costumavam sair do prédio com o carro de Anilson, sempre dizendo que eram alunos e que depois voltariam. “Tanto que quando foi o assassino, o porteiro liberou porque acontecia sempre”, completou.

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