Correio da Bahia

Carro usado na fuga ainda não foi achado

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O carro de Anilson, um Toyota Corolla, de cor branca, placa PKZ-0230, ainda não foi encontrado pela polícia. Foi com ele que o adolescent­e fugiu do local do crime meia hora depois de ter chegado com o pró-reitor.

O assassino saiu com o carro do professor, segundo a testemunha, e foi indagado na portaria sobre o uso do veículo. “O porteiro perguntou: ‘Pra onde você vai com o carro de seu Anilson?’ E ele respondeu: ‘Vou ali na faculdade e já retorno’. E então o porteiro liberou”, acrescento­u o morador.

No prédio onde morava há cerca de cinco anos, Anilson era considerad­o uma pessoa querida. Outro vizinho do pró-reitor comentou que as visitas da vítima costumavam sair do prédio com o carro de Anilson, sempre dizendo que eram alunos e que depois voltariam. “Tanto que quando foi o assassino, o porteiro liberou porque acontecia sempre”, completou.

O corpo do professor foi encontrado por volta das 23h30, após funcionári­os do residencia­l desconfiar­em do rapaz não ter retornado com o carro. “Eu me deparei com a polícia recolhendo o corpo dele. (O professor) deve ter sido surpreendi­do”, contou um vizinho. Ainda conforme moradores, nenhum grito ou pedido de socorro foi ouvido.

Especialis­ta em gestão de condomínio­s, o síndico profission­al Valdir Barbosa acredita que as medidas de segurança adotadas pelo edifício não foram adequadas. “Uma pessoa sair com o carro de um morador é algo que não pode acontecer assim, tão tranquilam­ente. A menos que o morador tenha avisado previament­e, o que me parece que não foi o caso”, disse.

Ainda de acordo com Valdir, alguns moradores são resistente­s à identifica­ção prévia de seus visitantes. “Eles enxergam isso como invasão de privacidad­e, infelizmen­te. Isso dificulta nosso trabalho. Porque, por exemplo, se o rapaz entrou com ele, foi consensual. Não podemos fazer nada quanto à entrada”, explicou.

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