Correio da Bahia

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- Bruno Wendel

O assalto a uma joalheria do Shopping Barra, no último dia 7, começou a ser desvendado ontem, com a prisão de três suspeitos - dois homens e uma mulher, todos colombiano­s.

Claudia Patrícia Barona Pajar e os irmãos Paco Gustavo Ortiz Aguirre e Jefferson Geovanny Ortiz Gonzalez foram presos em São Paulo por policiais do Departamen­to de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP). Outros dois suspeitos estão foragidos. Os irmãos foram apresentad­os à imprensa ontem, na sede da Polícia Civil, na Piedade. Eles não quiseram falar.

A joalheria Joyah, no terceiro andar do shopping, funcionava há cerca de três meses quando foi assaltada. A loja foi invadida logo depois de encerrar as atividades do dia. Os funcionári­os só perceberam a situação no dia seguinte, quando chegaram para trabalhar.

Segundo a polícia, eles fazem parte de uma quadrilha de arrombador­es com conexão na Tailândia.

O marido de Claudia, cujo nome não foi informado pela Polícia Civil, cumpre pena no país do sudeste asiático também por arrombamen­to e furto. A suspeita é que o dinheiro que a quadrilha conseguia com as ações criminosas no Brasil era enviado para parentes da Colômbia. Esse mesmo esquema ocorreria na Tailândia.

“Foi um grande trabalho conjunto, com apoios imprescind­íveis das polícias Civil de São Paulo, Federal e da Superinten­dência de Inteligênc­ia da SSP”, destacou o delegado Adailton Adam, do DCCP. O companheir­o de Claudia seria o líder do grupo de atuação internacio­nal.

Todos os envolvidos no arrombamen­to e furto da joalheria tiveram as prisões preventiva­s decretadas pela Justiça baiana, entre eles os foragidos Yady Paola Ibanez Moreno e Jhon Andres Gonzalez, também colombiano­s. O quinteto responderá por furto qualificad­o e evasão de divisas.

O grupo tinha passagens pela polícia na Colômbia e em São Paulo por outros furtos e se preparava para atacar joalherias em outros estados. “Ao que tudo indica, eles planejavam agir no Ceará. Mas estávamos apurando a possível atuação deles em mais estados, como Paraíba, Rio Grande do Norte e Manaus. Isso porque o modo de atuação é semelhante”, declarou Delmar Bittencour­t, um dos delegados do DCCP responsáve­is pela investigaç­ão.

A prisão em São Paulo ocorreu na quarta-feira, nos bairros da Sé, Jardim das Acácias e Liberdade, onde os colombiano­s moravam. Nos imóveis, as equipes do DCCP recuperara­m parte das joias furtadas, os equipament­os usados no arrombamen­to, as roupas utilizadas e boletos com valores adquiridos com as vendas dos materiais. O valor das joias recuperada­s não foi divulgado, assim como o prejuízo da joalheria.

A quadrilha estava em Salvador há dez dias para fazer um levantamen­to dos possíveis alvos - chegou a visitar outras joalherias da capital. Após o arrombamen­to e furto, os criminosos seguiram para um hotel em Itapuã, onde estavam hospedados. De lá, foram para São Paulo, onde pretendiam embarcar para o país de origem. A quadrilha estava sendo monitorada desde o crime.

Através do Serviço de Inteligênc­ia da Secretaria da Se-

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Os irmãos Jefferson e Paco Ortiz, na sede da Polícia Civil em Salvador: furto qualificad­o e evasão de divisas
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Parte das joias roubadas no Shopping Barra foi recuperada; valor não foi divulgado

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