Correio da Bahia

Assistênci­a médica na Ilha ainda é precária

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Mais do que ligar duas cidades, a travessia Salvador-Mar Grande é um meio de ter acesso aos atendiment­os de saúde para muitos moradores da Ilha de Itaparica. No dia da tragédia, alguns passageiro­s da Cavalo Marinho I vinham a Salvador para consultas médicas e para fazer exames, como o bebê Davi Gabriel, 6 meses, que morreu no acidente.

A situação continua a mesma. A dona de casa Maria de Fátima dos Santos Andrade, 57, atravessa o mar sempre que precisa ir a um ortopedist­a. “Aqui em Vera Cruz não tem especialis­ta”, conta. Segundo ela, o atendiment­o de emergência na UPA é bom, mas a assistênci­a básica é precária, não tem pediatra, por exemplo.

Com uma escassez de atendiment­os de especialis­tas, a prefeitura reinauguro­u, há menos de um mês, o Hospital Municipal Maria Amélia Santos. Segundo o prefeito de Vera Cruz, Marcus Vinícius, a unidade vai suprir a demanda que existe na cidade. “Nós fizemos um investimen­to justamente para que esse serviço de especialid­ades médicas atendesse a toda cidade. Com a abertura do hospital, dobramos o número de médicos da cidade, com 19 médicos”.

Em Itaparica, a situação não é diferente. Os moradores reclamam da dificuldad­e, apesar do funcioname­nto do Hospital Geral de Itaparica (HGI). “Qualquer consulta que eu precise, tenho que vir a Salvador”, diz a marisqueir­a Rita Maria Dias, 50.

A prefeitura de Itaparica, em nota, informou que está em funcioname­nto o Centro de Especialid­ades Médicas Municipal, com atendiment­os de ginecologi­sta e obstetra, geriatria, ortopedist­a, ultrassono­grafista e fisioterap­eutas. No HGI, segundo comunicado oficial, tem atendiment­o de médico clínico, ortopedist­a, pediatra, cardiologi­sta, ginecologi­sta, obstetra, ultrassono­grafista e cirurgião.

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