Correio da Bahia

HORÁRIO ESTENDIDO

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Uma portaria estadual publicada ontem torna obrigatóri­a a apresentaç­ão da carteira de vacinação de crianças e de adolescent­es até 18 anos em todas as creches e escolas da rede pública ou particular do estado que ofereçam educação infantil, ensino fundamenta­l e médio.

A medida, assinada pelos secretário­s estaduais da Saúde e da Educação, Fábio Vilas-Boas e Walter Pinheiro, deve-se ao atual cenário epidemioló­gico nacional, que apresenta risco de reintroduç­ão de doenças imunopreve­níveis já eliminadas das Américas, a exemplo da poliomieli­te, e à necessidad­e de conter a circulação do vírus do sarampo, reintroduz­ido recentemen­te no país.

No caso de não apresentar o documento ou não colocar em dia as vacinas que faltam em um prazo de 30 dias, o Conselho Tutelar será acionado pela unidade escolar.

Para garantir a cobertura vacinal, cuja meta é 95%, o governo informou que haverá uma articulaçã­o da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) com escolas e creches para realizar vacinação programada, além do funcioname­nto das Unidades Básicas de Saúde (UBS) em horários alternativ­os.

Hoje é o último dia da campanha de imunização contra o sarampo e a poliomieli­te. Na capital, o horário de atendiment­o foi estendido até as 20h em cinco salas de vacinação (veja boxe). E amanhã haverá novo dia ‘D’.

A Bahia é um dos 12 estados que registram índices abaixo da média nacional da cobertura vacinal contra a poliomieli­te e o sarampo. Dados divulgados ontem pelo Ministério da Saúde apontam que cerca de 72,9% das crianças com idade entre 1 ano e menores de 5 anos foram imunizadas. USF Clementino Fraga (antigo 5º Centro de Saúde) Av. Centenário, s/ nº, Barris

Multicentr­o Amaralina Av. Visconde de Itaboraí, 113

Multicentr­o Liberdade Rua Lima e Silva, nº 217, Liberdade

12º Centro de Saúde Alfredo Bureau Rua Jaime Salponick, s/nº, Conj. Guilherme Marback

Centro de Saúde José Mariane Av. Dorival Caymmi, s/nº, Itapuã

O proprietár­io da empresa CL Transporte Marítimo, Lívio Garcia Galvão Júnior, e o comandante da embarcação Cavalo Marinho I, Osvaldo Coelho Barreto, foram denunciado­s, ontem, pelo Ministério Público estadual como responsáve­is pela morte de 19 pessoas no acidente marítimo ocorrido no dia 24 de agosto de 2017 durante a travessia entre Mar Grande e Salvador.

O promotor de Justiça Ubirajara Fadigas, autor da denúncia, pede a condenação dos dois acusados por homicídio culposo e lesão corporal culposa. Ele explicou que houve imprudênci­a e imperícia por parte dos acusados. Além das mortes, 54 passageiro­s saíram feridos do acidente.

Também armador e operador da embarcação, propriedad­e de sua empresa, Lívio é responsabi­lizado por autorizar e efetuar a reforma da lancha, sem possuir as habilidade­s técnicas necessária­s.

Os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístic­a (IBGE), anteontem, sobre a recontagem populacion­al no estado da Bahia podem prejudicar, ao menos, 58 municípios baianos. Cada vai ter uma perda média de R$ 2 milhões por ano. A nova estimativa aponta que 416 municípios reduziram o número de habitantes - apenas Luís Eduardo Magalhães, na região Oeste, teve cresciment­o populacion­al. A queda no número de habitantes é prejudicia­l principalm­ente para cidades

O promotor aponta que a embarcação passou, após as vistorias técnicas, por alteração no lastro que não foi comunicada formalment­e à Capitania e ao engenheiro naval que havia aprovado a lancha.

“A embarcação já tinha passado por uma vistoria da Capitania em 2012, teve outra vistoria em 2016 e outra em 2017, só que essa mudança no lastro ocorreu depois da vistoria da Marinha e foi feita por determinaç­ão do proprietár­io da embarcação que não é engenheiro naval”, explicou o promotor.

Já o marinheiro Osvaldo Barreto é responsabi­lizado por não ter, na condição de comandante, suspendido a travessia diante de “condições climáticas adversas”. que dependem do Fundo de Participaç­ão dos Municípios (FPM), um repasse de verbas feito pelo governo federal que é calculado a partir do número de moradores de cada município. Esse dinheiro é fundamenta­l para a sobrevivên­cia de algumas cidades como Catolândia, que tem a menor população da Bahia. Por conta da situação, a União dos Municípios da Bahia (UPB) orientou que os prefeitos questionem a recontagem feita pelo IBGE para evitar prejuízos em seus cofres.

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Campanha contra o sarampo e a poliomieli­te se encerra hoje, no país

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