Aliados querem logo efetivação de Haddad
Aliados de Fernando Haddad defendem a substituição de Lula o quanto antes na cabeça de chapa. O voto do ministro Luís Roberto Barroso, primeiro contrário à candidatura do ex-presidente, corroborou a tese desses auxiliares de que o PT não poderia arriscar ficar dez dias fora do horário eleitoral no rádio e na TV.
Eles temem que a menor exposição de Haddad, pouco conhecido nacionalmente, prejudique seu desempenho. Grande parte do eleitorado petista, principalmente no Nordeste, ainda não sabe que ele será o nome oficial do PT ao Planalto, o que pode comprometer o potencial de transferência de votos de Lula para seu vice.
A tática de transmutar a figura de Lula para a de Haddad agora deve ser aplicada de forma abrupta pelo PT, para que o eleitor entenda que, com o ex-presidente impedido de disputar a eleição, será o ex-prefeito de
São Paulo o responsável por representá-lo e levar adiante o seu projeto.
A ideia inicial era manter o discurso de que Lula é o candidato de fato até o fim da semana que vem, pelo menos, e usar os programas de TV para fazer a transição de forma paulatina. Os auxiliares de Haddad afirmam que poderia ser fatal para o partido ficar dez dias sem propaganda na TV, caso a sigla optasse por esticar a corda por todo o prazo.