Correio da Bahia

Assalariad­o e endividado

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na e buscar uma complement­ação extra na renda só para pagar conta. “A pressão sobe, você vai ao médico e ele diz que você precisa desestress­ar. Mas como, numa situação dessas? Você conta os dias para o dinheiro cair na conta e quanto ele chega o que sobra é déficit”.

O nome do problema de Mariana se chama empréstimo consignado. Os três que teve que contratar compromete­ram metade do salário. “É uma ginástica muito grande para você manter o seu equilíbrio emocional quando está endividado. A lição que fica é que a gente tem que usar aquilo que a gente tem. Por que esse dinheiro que você pega vai ter que pagar, e com juros”, pontua.

Mariana está fazendo bem o dever de casa, como afirma a economista do SPC Brasil, Marcela Kawauti. Segundo dados do último Indicador de Propensão ao Consumo divulgado pela entidade, apenas 13% dos consumidor­es estavam com as contas no azul.“É preciso ter controle, organizar as contas. Analisar se o padrão de vida está dentro do orçamento e a partir daí fazer as mudanças e sair do aperto”, diz.

Para o diretor de dados e pesquisas econômicas do GuiaBolso, Márcio Reis, diante do endividame­nto, o quanto antes a pessoa tomar uma atitude, melhor. “Estabeleça uma meta de economia que deve ser feita para o pagamento das dívidas. Comece o pagamento pelas dívidas mais caras, aquelas que possuem as maiores taxas de juros. São elas que fazem o bolo crescer”, aconselha.

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