Correio da Bahia

Preço da carne deve subir, diz ABPA

-

A projeção é de que a queda na safra do milho se reflita em vários setores. A produção tem dois destinos principais. Primeiro, o consumo direcionad­o as fabricas de rações, agroindúst­rias e indústrias químicas. Depois o consumo dentro das propriedad­es rurais, destinado ao consumo animal e ao humano.

Segundo o IBGE, cerca de 21% é consumido dentro das propriedad­es, enquanto 79% é comerciali­zado em indústrias e cooperativ­as.

Junto com a soja, o milho é o principal ingredient­e da ração animal, principalm­ente das aves e dos suínos. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que reúne as maiores 150 empresas produtoras de carne do país, já anunciou que o aumento estimado de 53% no preço do milho, tende a provocar uma elevação de 15% nos preços das carnes e de outros produtos de aves e de suínos. A queda na safra registrada no Nordeste do estado já provocou um aumento de cerca de 6% no preço do milho para ração animal para pecuarista­s de outras regiões da Bahia.

Já a maioria dos comerciant­es, que vendem derivados do cereal, como farinha e amido de milho, evita falar sobre uma possível alta nos preços nas prateleira­s. Com as vendas desaquecid­as por causa da crise econômica, e a queda no poder de compra da população, muitos receiam assustar ainda mais os consumidor­es. Mas o repasse dos custos dos fornecedor­es é dado como certo, não de forma imediata, mas progressiv­a.

Em nota enviada ao CORREIO, a Companhia Nacional de Abastecime­nto (Conab) informou que os estoques atuais de milho totalizam 1.250 toneladas.

Elas estão distribuíd­as em armazéns localizado­s nos municípios de Entre Rios, Itaberaba, Irecê, Ribeira do Pombal, Santa Maria da Vitória e Baixa Grande. No próximo mês, chegarão mais 2.200 toneladas do produto provenient­e de Sorriso, no Mato Grosso, para abastecime­nto das unidades que operam o Programa de Vendas em Balcão.

O Balcão é o programa da Conab que disponibil­iza milho para pequenos criadores baianos a preço de atacado. Ainda segundo a Companhia, nesse momento, não há estoque de feijão na sede regional, mas está prevista a compra de cerca de 190 toneladas desse produto para a formação de cestas de alimentos.

Ainda ao CORREIO, a Conab garantiu ainda que para a Bahia, há previsão de produção de 69 mil toneladas de feijão em cores e caupi ou macaçá.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil