Correio da Bahia

Venezuela MCDONALDS FECHA UNIDADES

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Depois de uma semana de alta volatilida­de, em que o peso perdeu 25% de seu valor em relação ao dólar norte-americano, os argentinos estão na expectativ­a do anúncio de um pacote de medidas de ajuste econômico hoje, que deve incluir a redução do número de ministério­s e demissões no setor público. Ontem, o presidente Mauricio Macri se reuniu com seus principais assessores e aliados políticos para definir a mudança de gabinete. Amanhã, a Argentina inicia a renegociaç­ão do acordo fechado com o FMI em junho e que – diante da nova crise cambial – já precisa ser revisto.

“O que estamos vivendo é uma crise de confiança – não apenas na economia argentina e na capacidade do governo de honrar seus compromiss­os em 2019, como afirmou o próprio presidente Macri – mas também no próprio FMI, como instrument­o para nos ajudar para sair dessa situação”,diz o analista político Rosendo Fraga.

A situação atual é diferente da transforma­ção prometida por Macri, quando assumiu depois de 12 anos de governos de Nestor Kirchner (2003-2007) e de Cristina Kirchner (2007-2015).

A inflação de dois dígitos, que Macri herdou e prometeu baixar, já deve superar os

30% até dezembro. Agora, com a última corrida cambial, alguns economista­s preveem que será ainda maior. Em um ano, o peso argentino perdeu 104% em relação ao dólar norte-americano, que na Argentina funciona como termômetro da economia. Quando a moeda dos EUA sobe, os preços na Argentina acompanham, gerando um ciclo inflacioná­rio vicioso.

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