Correio da Bahia

Museus terão R$ 25 mi do BNDES

- Das Agências

Dois dias depois do incêndio que atingiu o Museu Nacional no Rio de Janeiro, o governo federal anunciou ontem medidas que serão tomadas para reconstrui­r o prédio. Após a reunião, foram anunciadas três decisões: a publicação de uma medida provisória que cria a Lei dos Fundos Patrimonia­is, a instalação de um comitê gestor e a liberação de R$ 25 milhões.

O Banco Nacional de Desenvolvi­mento Econômico e Social (BNDES) vai repassar R$ 25 milhões para financiar projetos executivos de segurança e prevenção de incêndios e modernizaç­ão de museus, arquivos e instituiçõ­es. O edital deve ser publicado até o fim deste mês. Segundo o presidente do BNDES, Dyogo Oliveira, as instituiçõ­es ligadas ao patrimônio cultural poderão apresentar propostas e solicitar parte da verba. “Vamos buscar a participaç­ão da sociedade civil e do setor privado”, disse o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha.

O governo também vai editar nos próximos dias uma medida provisória com a Lei dos Fundos Patrimonia­is. A meta é repassar recursos a museus sem restrições orçamentár­ias. A partir da MP, um fundo específico para o Museu Nacional deve ser criado para receber recursos destinados à reconstruç­ão.

“Ele é importante para que, ao mobilizar recursos, as instituiçõ­es tenham condição de receber - sem limitação orçamentár­ia - com gestão moderna. Com a MP, podem criar o fundo patrimonia­l e os recursos serem colocados no fundo desde já. Isso será importante para o Museu Nacional e outras instituiçõ­es”, diz Padilha.

O anúncio foi feito ontem, após uma reunião no Palácio do Planalto entre o presidente Michel Temer e ministros, secretário­s e coordenado­res, além dos presidente­s do Banco Nacional de Desenvolvi­mento Econômico e Social (BNDES), da Caixa Econômica e do Banco do Brasil.

Ontem, em entrevista ao Brazil Journal, o empresário Israel Klabin, ex-presidente do Grupo Klabin, disse que conseguiu, em meados da décadade 1990, um cheque de US$ 80 milhões (cerca de R$ 342 milhões) do Banco Mundial para reformar e modernizar o Museu Nacional.

Um time de voluntário­s chegou a se formar para trabalhar num pré-projeto de reforma para apresentar ao banco. “Era uma modernizaç­ão enorme. E a única condição imposta pelo Banco Mundial para liberar os US$ 80 milhões era que houvesse um modelo de governança moderno, com conselho e participaç­ão da sociedade civil”, afirmou Klabin

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Museu Nacional continua interditad­o pela Defesa Civil após ter sido destruído por um incêndio

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