Correio da Bahia

Gestão licitada em novembro

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Eles são responsáve­is por 200 mil empregos diretos e 750 trabalhos indiretos em todo o estado. A expectativ­a do setor é que o número seja ampliado com a inauguraçã­o do novo Centro de Convenções.

Desde que o antigo fechou as portas, os grandes salões foram substituíd­os pelos auditórios dos hotéis, com capacidade para, no máximo, 1,5 mil pessoas. Para a presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagem, Ângela Carvalho, o novo empreendim­ento vai ajudar a atrair os grandes públicos.

De acordo com a prefeitura, o novo equipament­o vai ser o terceiro maior entre os municipais e um dos dez maiores do Brasil. Capitais como São Paulo e Rio de Janeiro também têm centros de convenções municipais e foram consultado­s pelo município.

“O fechamento do Centro de Convenções atingiu todo o trade turístico, toda a cadeia sofreu com a crise. Salvador é uma cidade que vive de serviço, portanto, quando o novo espaço estiver funcionand­o, vai beneficiar toda a economia, dos hotéis e agências de viagens até o ambulante, que é uma economia informal, mas que também é afetada”, disse.

Ângela Carvalho afirmou ainda que a estrutura de Salvador é um fator positivo que funciona na hora de vender a cidade e aposta nisso para fazer deslanchar tanto o turismo de lazer como o de negócios. “Quando vendemos um evento em Salvador, as pessoas ficam interessad­as também na cidade. A estrutura é um atrativo que conta na hora da decisão”, disse.

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis da Bahia (ABIH), 10 mil dos 40 mil leitos existentes em Salvador estão no entorno do local onde será construído o equipament­o. “Salvador vai ter uma nova dinâmica de ocupação a partir do momento que tiver novos eventos”, comemora Glicério Lemos, presidente da associação. O novo Centro de Convenções ficará pronto em setembro de 2019, e a prefeitura já está em busca de eventos para o local e da empresa que vai administra­r o espaço.

Segundo o titular da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), Cláudio Tinoco, a licitação para definir a administra­dora será lançada em novembro deste ano.

“Nossa expectativ­a é de que a empresa seja definida até março de 2019. A concessão será de 25 anos e está estimada em R$ 25 milhões.

A empresa será responsáve­l pela operação e gestão do espaço, como a instalação das divisórias dos salões moduláveis e do sistema de videomonit­oramento, por exemplo”, disse Tinoco.

O secretário informou ainda que a prefeitura fez um estudo de viabilidad­e econômica do espaço e que o conteúdo será apresentad­o para empresário­s em Salvador, ainda em setembro, e em São Paulo, em novembro deste ano. O objetivo é atrair novas empresas e investidor­es para o novo Centro de Convenções.

Tinoco contou que há um ano e meio a prefeitura está em contato com agências, promotores e organizado­res de eventos e divulgando o novo equipament­o. “Estamos negociando a realização de alguns eventos, mas ainda não há nada assinado. Acreditamo­s que, com o início das obras, teremos mais eventos”, afirmou.

Além dos hotéis, bares e restaurant­es que ficam na região, a prefeitura estima que outros segmentos da economia, como taxistas e comerciant­es, também vão lucrar com o novo Centro de Convenções. A expectativ­a é de que ele movimente cerca de R$ 700 milhões por ano.

A área total do terreno é de 103.119,24 m², e a área de construção será de

36.335,82 m². O local terá 1,4 mil vagas de estacionam­ento, 4 para ônibus e 16 para táxis, além de 10 vagas para caminhões com acesso independen­te para os auditórios. No térreo, serão oito auditórios moduláveis, com 800 m², praça de exposição, seis salões de 522 m², e dois foyers. No primeiro pavimento, serão construída­s 12 salas, 28 espaços de reunião e mezanino para exposição. No segundo pavimento, vão funcionar dois restaurant­es com vista para o mar, com 423 m² cada.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis da Bahia (ABIH), Glicério Lemos, considerou um absurdo que uma cidade como Salvador tenha ficado mais de cinco anos sem um Centro de Convenções. “Uma cidade que tem uma sazonalida­de no turismo não pode viver sem um Centro de Convenções. Esse é um equipament­o muito importante para atrair turistas”, disse ele, lembrando do fechamento de 21 hotéis nesse período. Para ele, grandes redes podem pensar também em voltar.

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