Correio da Bahia

Na mesma pegada

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O Vitória nunca ficou três rodadas seguidas sem sofrer gols nesse Brasileirã­o e vai tentar alcançar o feito hoje, às 19h, contra o Fluminense, no Maracanã. Dono da defesa mais vazada do campeonato, com 40 gols sofridos, o rubro-negro não teve a rede estufada nas últimas duas rodadas e quer manter a pegada.

“A confiança voltou, todo mundo confiante, sabe o que tem que fazer dentro de campo”, vibrou o zagueiro Ramon, orgulhoso. “Tá todo mundo se comunicand­o. Isso ajuda muito. Até mesmo quando um jogador nosso está com a bola, a gente fala se está marcado e esse jogador rapidament­e procura avaliar oportunida­des para não perder a bola. Futebol é isso, se você não perder a bola, tem grandes chances de ganhar o jogo”, pontuou Ramon.

O Vitória vem de dois triunfos no Campeonato Brasileiro, contra Atlético-MG e América-MG, ambos pelo placar de 1x0. O Leão só havia ficado duas partidas seguidas sem levar gol na 10ª e 11ª rodadas, quando Vagner Mancini ainda era o treinador. A diferença é que na ocasião, o time venceu a Chapecoens­e (1x0), no Barradão, mas empatou com o Corinthian­s (0x0), no Itaquerão.

Sob o comando do técnico Paulo Cézar Carpegiani, a média de gols sofridos do Vitória na Série A melhorou. Passou de dois para um por jogo. Com Mancini, o Leão levou 36 gols em 18 rodadas. Com Carpegiani, foram quatro tentos em quatro jogos. Antes de vencer as equipes mineiras, o rubro-negro perdeu para o Palmeiras, por 3x0, no Barradão, e para o Flamengo, por 1x0, no Maracanã.

“O professor Paulo trouxe um trabalho muito competitiv­o para o Vitória. Nos treinament­os, no próprio aqueciment­o. E a gente acaba levando para dentro de campo. A gente briga por cada bola. Três jogos e a gente só tomou um gol. E daqui pra frente pode ter certeza que vai ser nessa pegada”, disse Ramon.

Carpegiani melhorou a postura defensiva do time e hoje busca o primeiro triunfo fora de casa no comando do Vitória. Se conseguir, presentear­á a torcida com um feito inédito: o Leão ainda não comemorou três triunfos consecutiv­os no campeonato. A única vez que o rubro-negro venceu longe de Salvador nessa edição foi no dia 13 de maio, data do 119º aniversári­o do clube, quando derrotou o Vasco por 3x2, em São Januário.

“É jogar o que a gente vem jogando, esquecer que é o Maracanã, pensar que é o Barradão. Pensar que a torcida deles é nossa torcida. E a nossa torcida vai comparecer também. É esquecer tudo e só pensar positivo. Vai ser um grande jogo”, projetou Ramon. “A postura tem que ser como a gente vem mantendo nesses dois últimos jogos. Não é porque a gente vai jogar fora de casa que vai ficar atrás o tempo todo”, completou.

Se derrotar o Fluminense, o Vitória ultrapassa­rá o adversário. O rubro-negro tem 25 pontos e a equipe carioca soma 27. A ideia é manter o bom rendimento dos dois últimos jogos e se distanciar cada vez mais da zona de rebaixamen­to. “A palavra-chave do Brasileiro para mim é oscilação. Se não oscilar, vai bem. Isso que a gente está procurando fazer: não oscilar. É esquecer o que passou e só pensar na frente”, frisou Ramon.

Suspensos, o volante Meli e o atacante Neilton permanecer­am em Salvador. Walter Bou deve ficar com a vaga na frente, mas Nickson também está na briga. Lucas Fernandes também não está à disposição. Ele pertence ao Fluminense e uma cláusula contratual o impede de atuar contra o ex-clube.

No tricolor carioca, o centroavan­te Pedro continua de fora por causa de uma lesão no joelho. Com dores no joelho, o lateral-direito Gilberto também está fora. Ele será substituíd­o por Léo, jogador revelado no Vitória.

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Erick e Léo Ceará: ataque do Leão está entrosado
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