Correio da Bahia

Ataque deve reposicion­ar estratégia­s

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O ataque sofrido por Jair Bolsonaro (PSL) também fez com que os candidatos à Presidênci­a começassem a reposicion­ar suas estratégia­s de campanha. O efeito imediato começou por Geraldo Alckmin (PSDB), que vinha usando metade de seu tempo de TV em contraposi­ção a Bolsonaro. A propaganda que mostrava o opositor destratand­o uma jornalista e uma deputada foi tirada do ar. Henrique Meirelles (MDB), que vinha explorando a questão econômica, deve suavizar o tom.

Segundo especialis­tas, o ataque deve resultar um processo de vitimizaçã­o do candidato. Para José Álvaro Moisés, cientista político da USP, o deputado passará a ocupar, por motivos distintos, o mesmo posto de vítima do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Esse fato lamentável pode transformá-lo na segunda vítima desta campanha, confundind­o ainda mais o eleitorado e resultando em um impacto no resultado da eleição. As chances dele podem aumentar”, afirmou.

Professor do Centro de Ciências Sociais e Aplicadas da Universida­de Presbiteri­ana Mackenzie, Rodrigo Prando acredita que a repercussã­o do ataque deva modificar o discurso do próprio Bolsonaro. “Bolsonaro buscará capitaliza­r esse ataque e firmar sua imagem de vítima. Não há como negar o que ocorreu. Mas só saberemos realmente o quanto ele ganhou em intenções de votos e o nível de sua rejeição quando novas rodadas de pesquisa eleitoral forem divulgadas”, disse.

Bolsonaro buscará capitaliza­r esse ataque e firmar sua imagem de vítima Rodrigo Pranzo

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