E-commerce a todo vapor
Se o consumo no varejo da Bahia vai mal, com queda de 1,7% nas vendas, de abril para maio, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada em junho, o mesmo não se pode dizer do varejo eletrônico, que faturou R$ 1 bilhão com pedidos provenientes do estado no primeiro semestre de 2018.
Segundo a 38ª edição do Webshoppers 38, estudo produzido pela Ebit|Nielsen, referência em informações sobre o e-commerce brasileiro, o consumo de produtos do varejo eletrônico por parte dos baianos corresponde a 4,2% do total nacional, estimado em R$ 23,6 bilhões, e a 31% do consumo da região Nordeste.
O comércio eletrônico brasileiro teve no primeiro semestre de 2018 um crescimento de 12%. Em 2019, a expectativa é de crescimento de 12% em todo o país, com faturamento de R$ 53,4 bilhões. Em 2017, o crescimento foi de 7,6% em relação a 2016.
Com mais comodidade, melhores opções de preços e possibilidade de planejar mais as compras, o consumidor da Bahia busca na internet o que poderia até encontrar no comércio físico local, mas dependeria de um pouco de paciência para esperar o produto chegar à cidade e ser colocado à venda.
Para a publicitária Monique Maione, uma carioca de 28 anos, comprar por meio da internet um par de tênis, cujo modelo ela tinha visto em São Paulo, foi uma decisão rápida. “Pode ser que venda aqui em Salvador, já vi parecido, mas nunca vi um com um salto alto assim como esse”, ela disse, informando, em seguida, que pagou R$ 159 no calçado, com frete gratuito. “Acho que vi um tênis desses numa loja aqui esses dias, mas não era como eu queria”.
Comprar pela internet tem facilitado a vida de Monique. Em vez de ficar esperando o dia certo para ir à rua comprar itens que necessita, ela tem feito isso pelo mundo virtual. No início do ano, por exemplo, gastou quase R$ 500 com almofadas, secador de cabelos, toalha e roupa de cama. “Comprando pela internet, consigo me programar melhor. Então, pra mim é vantagem não só com relação a dinheiro, mas a tempo”, falou.