Sindicância foi aberta sobre obras
Em novembro de 2014, a Universidade Federal de Bahia (Ufba) instaurou uma sindicância através da portaria 289/2014 para apurar as paralisações das obras. À época, eram 15 construções atrasadas com o investimento de R$ 58 milhões. O ato foi realizado logo após posse do reitor João Carlos Salles.
Como resultado, o Ministério da Educação (MEC) elaborou um relatório divulgado em 2015. O MEC foi procurado para saber se as ações foram implantadas, mas não respondeu até o fechamento desta edição. “A Ufba, com sua estrutura insuficiente e sem, em duas décadas, ter recebido investimentos em infraestrutura, ampliou suas instalações sem a necessária orientação, acompanhamento e controle por parte do MEC, implantando o programa sem ter desenvolvido uma ação integrada e sistêmica de planejamento”, diz o relatório.
O MEC aponta que deveria ter sido criado um plano diretor dos campi, plano de ação de implantação do Reuni, definições de prioridades para os recursos, estimativas de custos fidedignas e estruturação de um órgão de planejamento e obras.
“Naquele momento, a Ufba possuía quatro arquitetos para atender uma média de 24 projetos por arquiteto e seis projetos de médio e grande porte por ano para criação, desenvolvimento e acompanhamento técnico e cinco engenheiros”, segue.
No relatório foi questionada a capacidade financeira para uma nova licitação do Blco B do IHAC. A obra do Instituto de Ciências da Informação foi colocada como a de maior problema - as empresas que faziam a obra descumpriram o contrato.
O MEC recomendou a criação de um setor de Orçamento, contratação de mais engenheiros e arquitetos, revisão do modelo de licitação e auditoria nas movimentações orçamentárias.