Correio da Bahia

Adversário­s vão ao ataque

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A confirmaçã­o do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad como o substituto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na chapa do PT põe fim à “enganação” que o partido vem fazendo há meses, afirmou ontem o candidato à Presidênci­a do PSDB, Geraldo Alckmin.

“Parou a enganação. É inacreditá­vel o que o PT fez, esse tempo todo sabendo que o Lula não ia ser candidato, ficou com essa enganação com dois objetivos: primeiro, vitimizaçã­o; segundo proteger o Haddad, porque quando vira candidato, fica sujeito à transparên­cia absoluta”.

O candidato do PDT à Presidênci­a, Ciro Gomes, afirmou ontem que falta competitiv­idade a Fernando Haddad, com quem ele disputaria votos da esquerda. Durante caminhada em Taboão da Serra, na Grande

São Paulo, o pedetista falou que a “ameaça protofasci­sta”, em referência a Jair Bolsonaro (PSL), deve ser enfrentada com “contundênc­ia, clareza e coesão”, e acrescento­u que o candidato do PT deve ter “dificuldad­es” para dar as respostas que o país precisa.

“Há menos de dois anos, o Lula e eu apoiamos o Fernando Haddad na prefeitura de São Paulo, buscando sua reeleição, e tivemos uma decepção profunda. Porque o Haddad não só perdeu para o João Dória, que é um grande farsante, mas perdeu para os votos nulos e brancos”, afirmou.

Na avaliação de Marina Silva (Rede), Haddad vinha sendo “blindado” e agora terá que explicar falhas dos governos petistas. “A população com certeza está mais reflexiva. Lula transferiu votos para Dilma (em 2010) e olha o que aconteceu: o Brasil do pleno emprego passou a ter 13 milhões de desemprega­dos. Haddad terá que explicar o que aconteceu”, ressalta Marina.

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