Correio da Bahia

Assaltante­s disfarçado­s

- Bruno Wendel e Vinícius Nascimento*

O perigo usa farda, e escolar. Criminosos vestidos com uniformes escolares estão assaltando alunos de oito escolas públicas e particular­es que ficam no entorno da Avenida Joana Angélica, no Centro da capital. As vítimas são abordadas por outros jovens que se passam por estudantes que roubam celulares.

Só na Escola Sesc Zilda Arns, dez alunos já foram roubados pelos bandidos disfarçado­s de estudantes. Quem diz é a mãe de um aluno. “Meu filho nunca foi assaltado, mas na sala dele três colegas já foram vítimas. Outros sete também tiveram os celulares levados por eles. Isso é o que a gente tem conhecimen­to”, contou ela, que preferiu não se identifica­r.

O pai de alunos da Escola Sesc Zilda Arns, o agente de portaria Marcelo dos Anjos, 47 anos, disse que não abre mão de buscar os dois filhos. “Um deles quase foi roubado por um grupo que usava uma farda de uma [escola] pública. Ele escapou porque acelerou o passo”, contou Marcelo.

Ainda segundo ele, os bandidos usam a farda da Escola Estadual Severino Vieira. “Muitas vezes ficam sentados nas imediações da parte superior do Viaduto de Nazaré. Já teve situações que eles agiram em número de cinco. Outras vezes em dupla”, contou o agente de portaria.

Para não chamar a atenção, os bandidos fazem com que uma das vítimas faça a coleta dos objetos. “Um dos alunos é mandado a entregar o celular e depois pegar os aparelhos dos colegas”, contou o agente de portaria. Na maioria das vezes, os ladrões estão sempre de arma branca. “Usam facas, porque é fácil de es-

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Bairro é movimentad­o, e o trecho mais perigoso é entre o Colégio Salesiano e o Bompreço de Nazaré

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