Correio da Bahia

Oeste colhe algodão até de madrugada

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O Oeste baiano deve continuar se destacando nas futuras pesquisas. A produção é intensa na região, mesmo na entressafr­a da soja e do milho. Neste momento, milhares de máquinas estão no campo terminando de colher a segunda maior safra de algodão da história. Este ano, serão mais de 1,2 milhão de toneladas de algodão - 300 mil toneladas a mais do que no ano passado.

Nem durante a madrugada, as colheitade­iras param. As equipes se revezam para retirar toda a fibra que ainda está nas lavouras. E a colheita tem data determinad­a para encerrar: 20 de setembro.

Nesta data, começa o chamado “vazio sanitário”, período de no mínimo 60 dias em que não pode haver plantas vivas nas lavouras. A medida faz parte da defesa fitossanit­ária. Todas as espécies hospedeira­s de pragas e doenças devem ser retiradas para evitar a proliferaç­ão e afastar os riscos para a safra posterior.

O vazio sanitário é considerad­o uma das medidas mais eficientes de prevenção e combate às principais pragas do algodoeiro, principalm­ente o bicudo. O inseto prejudica os botões florais da planta e pode provocar perdas de até 75% da lavoura.

O vazio vem sendo adotado por 12 estados e pelo Distrito Federal também nas lavouras de soja e feijão. As datas e a duração do intervalo dependem da legislação de cada estado. Na Bahia, o vazio do algodão vai até o dia 20 de novembro. Já o vazio da soja, desde o ano passado, foi ampliado de 60 para 100 dias, e vai de 1º de julho até 8 de outubro. A fiscalizaç­ão é realizada pela Agência de Defesa Agropecuár­ia do Estado (Adab).

Além de garantir a ausência de plantas, neste intervalo também não pode haver nova semeadura. Os agricultor­es que não cumprem o vazio pagam multa e sofrem sanções. Na Bahia, a multa é de R$ 7.500, independen­temente da área plantada, e dobra em caso de reincidênc­ia. O agricultor também perde o incentivo do Proalba, um programa que permite uma redução de 50% do ICMS.

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