Correio da Bahia

Cidades do Sudoeste concentram casos no estado

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De 2012 a 2018, já são 113.731 acidentes com escorpiões no estado. A Secretaria Estadual da Saúde (Sesab) não informou a quantidade de soro antiescorp­iônico que há no estado atualmente, nem as cidades onde mais ocorrem acidentes do tipo, mas, segundo a coordenado­ra do Laboratóri­o de Animais Peçonhento­s da Universida­de Estadual de Feira de Santana (Uefs), Ylka Biondi, a região Sudoeste se destaca.

A pesquisado­ra, que estuda animais peçonhento­s há mais de 30 anos, disse que realizou um estudo sobre escorpiões na Bahia, entre 2010 e 2015, que mostra que, nesse período, a maioria dos acidentes estava concentrad­a em cidades do Sudoeste da Bahia. No estado, segundo ela, ocorreram nesse período 57.375 casos e nas cidades do Sudoeste, 31.295.

“É a região que mais tem acidentes por escorpiões na Bahia”, afirmou, acrescenta­ndo que Jequié, com 7.779 acidentes, e Vitória da Conquista, com 3.200, lideram o ranking.

Sobre o caso de Maria Sofia, a especialis­ta comentou que acha difícil a menina ter sido picada cinco vezes. “Pode ser que, dentro da fralda, o animal pode ter, com suas garras, beliscado a criança ao querer sair. É a impressão que tenho”, disse ela, após ver o laudo médico.

Diretor do Centro de Informaçõe­s Antiveneno da Sesab, Daniel Rebouças afirma que o atendiment­o de crianças com até 7 anos, vítimas de picadas de escorpião, deve ser feito em até duas horas, no máximo. Já em adultos, nem sempre é preciso usar o soro antiescorp­iônico. Rebouças recomenda lavar o local da picada com água e sabão e procurar imediatame­nte um hospital.

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