Correio da Bahia

Mulheres se unem na rede contra Bolsonaro

-

Criado no dia 30 de agosto no Facebook, o grupo Mulheres Unidas contra Bolsonaro, dedicado a se opor ao candidato do PSL à Presidênci­a, Jair Bolsonaro, “quebrou” a internet. O agrupament­o, formado apenas por eleitoras, começou a chamar a atenção na segunda-feira passada, ao agregar mais de 300 mil mulheres em um único dia. Dois dias depois, atingiu 872 mil – o equivalent­e a 1,13% do eleitorado feminino apto a votar este ano. E até as 18h de ontem já contava com 1.126.551 mulheres.

As adesões acumuladas em alta velocidade mostram a rejeição que o presidenci­ável enfrenta entre eleitoras – a maioria das votantes no Brasil. Bolsonaro lidera as pesquisas com 26% das intenções de voto, mas entre o eleitorado feminino sua rejeição é de 50%, segundo pesquisa Ibope divulgada na terça-feira (11).

As criadoras do grupo afirmam que o objetivo não é apoiar nenhum partido. O objetivo é unir quem não vote no candidato do PSL, a quem chamam de “inominável” ou “coiso”. O grupo aproveita a grande mobilizaçã­o online para marcar atos públicos contra Bolsonaro, um deles será no dia 29, na Cinelândia, no Rio.

“Numa conversa informal, resolvemos criar o grupo para demonstrar a nossa insatisfaç­ão em relação à candidatur­a do inominável por conta de seu discurso misógino”, disse a publicitár­ia Ludmila Teixeira, criadora do grupo. A campanha de Bolsonaro nega o discurso machista e reclama da exploração de imagens do deputado insultando a deputada Maria do Rosário (PT-RS) e ofendendo uma repórter.

Também foram criados grupos de mulheres de apoio a Bolsonaro, mas eles não chegam a ter 100 mil membros.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil