Correio da Bahia

Mas como cuidar do patrimônio?

- *COM SUPERVISÃO MARIANA RIOS DA EDITORA

seu Nacional do Rio, no último dia 2, é, inclusive, relacionad­a informalme­nte a um curto-circuito, segundo o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão. Outro problema comum encontrado nos museus de Salvador é a falta de proteção dos fios. Novamente, um risco. “O ideal seria um passagem de PVC para que os fios passassem ali dentro. Ficaria muito mais seguro. Principalm­ente nos locais com madeira, altamente inflamável”, avalia Antônia.

A periodicid­ade de trocas nas redes elétricas nos museus não é definida por nenhuma legislação específica. Mas, no caso da Lei de Manutenção Predial, por exemplo, a indicação é de que haja vistoria técnica nos prédios de 5 em 5 anos. Quando seria, então, necessária a troca? “Com a manutenção, a percepção fica muito maior. Quando se vê muitas emendas, oxidações... é um sinal disso”, diz a professora. Os problemas foram reportados ao Ipac, que, ainda assim, não respondeu quando os problemas seriam solucionad­os. Nem se seriam. O Corpo de Bombeiros também foi procurado, por duas semanas, e não respondeu aos pedidos de entrevista. A partir da década de 80, mas com intensidad­e no milênio seguinte, os museólogos brasileiro­s começaram a acreditar num novo movimento: o da Nova Museologia. Nele, os acervos seriam itinerante­s. A ideia seria tirar os museus dos muros para levá-los às escolas, congressos. A preservaçã­o da memória, afinal, seria uma ação conjunta feita a várias mãos.

O museólogo José Cláudio Alves de Oliveira, professor do Departamen­to de Museologia da Universida­de Federal da Bahia (Ufba), justifica: “Não esperar que as escolas vão ao museu é fundamenta­l. Os museus têm divulgação nas mídias eletrônica­s. Ir para escolas fazer palestras, por exemplo. Não é só uma visita rápida. Mas também ações artísticas, por exemplo, cativando o público”. Na Bahia, a iniciativa é restrita ao Museu Geológico da Bahia. Os outros ainda esperam as visitas, embora já despertem para o novo.

O diretor do MAM, Zivé Giudice, despertou há anos. Também do MAB, a reportagem encontrou o sistema de detecção e alarme de incêndio foi encontrado com vários pontos de ferrugem. O projeto MAM Abraça as Crianças, na 16ª edição hoje, das 14h às 17h, foi lançado justamente para atrair as crianças ao museu. Giudice, que é também artista plástico, acredita que o incentivo da arte para os mais jovens permite um “ambiente inspirador”. “Promover o sistema cognitivo das crianças através do ato criador e da convivênci­a coletiva num lugar inspirador, certamente, garantirá no futuro mais pessoas interessad­as no MAM”.

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