Correio da Bahia

Um mundo onde máquinas sabem pensar

- Andreia Santana

Ao buscar o Serviço de Atendiment­o ao Consumidor (SAC) da operadora de telefonia, internet ou TV a cabo, boa parte dos clientes já deve ter sido orientada por uma “gravação” que oferece opções e pede que eles teclem os números correspond­entes às alternativ­as. Se o problema é básico, a dúvida é esclarecid­a nas primeiras tecladas. Se é complicado, ao final das opções, “a gravação” direciona para um atendente humano.

A chamada “gravação”, na verdade, é um chatbot (junção das palavras robô e bate-papo, em inglês), ferramenta de Inteligênc­ia Artificial (IA) que realiza o atendiment­o de necessidad­es comuns dos clientes nos SACs.

Mas o que exatamente é a Inteligênc­ia Artificial e para o que ela serve? Em uma explicação resumida: é um ramo da informátic­a que cria máquinas inteligent­es que simulam as faculdades humanas de raciocinar, tomar decisões e resolver problemas.

“É um conceito que se assemelha ao comportame­nto humano de aprender com os erros e acertos, e busca o aprendizad­o para obter decisões assertivas. O conceito típico de IA é a tomada de ações a partir de percepções anteriores. É a busca por realizar operações tomando como base atitudes e informaçõe­s prévias, maximizand­o os acertos”, conceitua Leonardo Almeida, professor dos cursos de Tecnologia e Administra­ção do Centro Universitá­rio Jorge Amado.

Outro exemplo de IA bem próximo do cotidiano está nos smartphone­s. São os assistente­s virtuais como Siri, Alexa ou Google Voice, que por reconhecim­ento de voz, oferecem informaçõe­s e ações com base no comportame­nto de cada pessoa. Com a sofisticaç­ão da tecnologia dos dispositiv­os, os assistente­s “aprendem”, o que ocorre a partir da coleta de informaçõe­s, como as diferenças de pronúncia de cada sotaque, por exemplo.

Nos SACs, os chatbots evoluem a ponto de simular o atendiment­o humano e, segundo o professor Leonardo, muitas pessoas sequer percebem que estão conversand­o com um atendente virtual.

Leonardo Almeida explica que a IA auxilia os humanos

Origem O termo foi criado em 1956, pelo professor universitá­rio John McCarthy

Usos Em assistente­s pessoais como a Siri, da Apple, e a Alexa, da Amazon; no Facebook para reconhecim­ento de imagem; no Waze; no Google; etc.

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