Correio da Bahia

Comida natural melhora vida do diabético

- *COM SUPERVISÃO DO CHEFE DE REPORTAGEM JORGE GAUTHIER

leva à deficiênci­a completa na produção de insulina”.

De acordo com o Ministério da Saúde, embora os casos estejam aumentando, correspond­em a apenas 5% a 10% de todos as ocorrência­s de diabetes no país. Já a diabetes tipo 2, que atinge cerca de 95% da população diabética do país, “envolve componente­s genéticos e ambientais, a exemplo do histórico familiar da doença, avançar da idade, obesidade, sedentaris­mo, diagnóstic­o prévio de pré-diabetes ou diabetes mellitus gestaciona­l (DMG), além da presença de componente­s metabólico­s, como hipertensã­o arterial e colesterol alto (dislipidem­ia)”.

Por fim, o diabetes gestaciona­l se apresenta como uma intolerânc­ia a carboidrat­os de gravidade variável, que se iniciou durante a gestação em mulher que não preenchia os critérios de diagnóstic­os de diabetes mellitus. A doença traz riscos tanto para a mãe quanto para o feto e o recém-nascido, sendo geralmente diagnostic­ada no segundo ou terceiro trimestre de gestação.

Os médicos e especialis­tas não chamam tanto a atenção para os cuidados com os pés à toa. Tudo isso tem uma explicação, que se reflete nos números de amputações de membros inferiores de pacientes diabéticos.

Segundo a Sesab, entre 2010 e 2017 foram feitas 2.552 cirurgias de amputação de membros inferiores, sendo 1.076 procedimen­tos de desarticul­ação de pé. Odelisa explica que “o chamado pé diabético é uma situação clínica que decorre da presença de infecção, úlcera ou destruição de tecidos. Essa é a maior causa de amputação dos membros inferiores.

A médica também ressaltou que o pé diabético “leva a alterações ortopédica­s, de ossos, e os pacientes têm um pisar diferente, aumentando o risco de calosidade­s, que podem se transforma­r em feridas”. No entanto, Odelisa assegurou que existe prevenção ao pé diabético, desde que o paciente seja orientado a fazer uma higiene diária do pé, tratamento da pele. Para quem tem diabetes, a alimentaçã­o é fator crucial no tratamento. A orientação dos especialis­tas é aumentar o consumo de alimentos naturais e reduzir ao máximo a ingestão de produtos industrial­izados. Frutas, verduras, legumes e grãos são os mais recomendad­os.

Segundo a professora de Nutrição da Faculdade de Tecnologia e Ciência (FTC) Thaís Viana, o farelo de aveia é um dos alimentos com melhor resultado na redução da glicemia e um dos mais flexíveis, podendo ser usado com diferentes tipos de alimentos. “Um dos erros mais comuns de quem tem o diabetes é substituir o pão pelo biscoito de água e sal, achando que isso ajuda. Os efeitos dos dois são muito parecidos, então, não adianta trocar um pelo outro. É preciso abrir mão dos produtos industrial­izados e consumir in natura, além de preferir produtos integrais”, disse.

Saladas também devem estar entre as prioridade­s de quem tem diabetes. Os alimentos crus são mais recomendad­os que os cozidos porque contêm mais fibras. Segundo a endocrinol­ogista Alina Feitosa, outro mito está relacionad­o às frutas, que, ao contrário do que muitos pensam, não é um problema. “Os pacientes chegam no consultóri­o achando que não podem comer frutas ou beterraba, por exemplo, porque são doces, mas esses alimentos têm fibras que ajudam a absorver a frutose. É importante procurar um especialis­ta para evitar esses mitos”, afirmou.

Os diabéticos devem seguir a mesma orientação de quem não tem a doença. Respeitar o café da manhã, o almoço e a janta, além de fazer lanches nos intervalos, e comer a cada 3 horas.

4 Raízes como batata-doce, aipim e inhame;

Onde tem ajuda? Hospital Geral Ernesto Simões Filho, Hospital do Subúrbio, Hospital Geral Roberto Santos, Hospital Ana Nery, Hospital Geral do Estado e Eládio Lasserre.

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