Alertas da doença
A endocrinologista do Hospital Santa Izabel, Alina Feitosa, explica que o diabetes mellitus tipo 1 tem como principais sintomas o aumento da vontade de urinar, fome e sede excessiva e emagrecimento, “decorrentes da produção insuficiente de insulina ou da redução da capacidade de ação da insulina, o que causa um aumento da glicose no sangue”.
No entanto, ela destaca que o diabetes tipo 2 não apresenta sintomas iniciais extremos, o que faz com que a doença agrida o organismo silenciosamente.
Já o diagnóstico de diabetes acontece a partir de três exames: glicemia de jejum, hemoglobina glicada e curva glicêmica. Segundo Alina, o mais comum deles é o primeiro, que mede o nível de açúcar no sangue, devendo obedecer os valores de referência de 70 a 99 miligramas de glicose por decilitro de sangue (mg/dl).
A Secretaria de Saúde da Bahia afirmou por meio de nota que “o diabetes é uma doença crônica, cujo acompanhamento dos pacientes cabe a Atenção Básica dos municípios”. Ainda segundo a pasta, “o agravamento da doença e a eventual necessidade de amputação são reflexos da dificuldade de acesso da população a um posto de saúde”.
Também no documento, a Sesab destacou que “a Bahia possui 78,34% de cobertura da Atenção Básica, considerando os 417 municípios, mas ao retirar do cálculo o município de Salvador, este número sobe para 87,87%”.
De acordo com dados da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), divulgada este ano, o percentual de homens que apresentaram diagnóstico de diabetes aumentou 54% entre 2006 e 2017. Em mulheres, a variação foi de 28,5% no mesmo período.