Correio da Bahia

Equilíbrio

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Maturidade, parte física, psicológic­a. Ter um sub-23 é muito importante pra um clube como o Vitória, que é formador e precisa revelar atletas. A única maneira que a gente tem de equilibrar as receitas com os outros clubes é a venda de jogadores. Nos últimos anos, o Vitória pecou muito nessa transição e o sub-23 vem para corrigir isso. Mas para o processo ser completo, precisa também abrir espaço no elenco principal para os meninos. Eles vão ser a solução do time? Pode ser que sim, mas não se pode colocar essa responsabi­lidade. Você trabalhou em clubes de alto poder aquisitivo, como Internacio­nal e Fluminense. Essa disparidad­e financeira em relação ao Vitória foi sua maior dificuldad­e até o momento?

Não digo que o Vitória tenha dificuldad­es financeira­s, mas sim um poder competitiv­o menor. O orçamento do Internacio­nal é uns R$ 300 milhões e o do Vitória uns R$ 100 milhões. Tem uma diferença. Então é necessário ter criativida­de. Temos que estar sempre atentos às oportunida­des de negócio. Jogadores que estão terminando contrato, que estão nas séries B, C e D, jovens que estão se destacando, jogadores que estão lá fora e querem retornar. No Fluminense também não tive um poder competitiv­o bom e tive que apostar em oportunida­des que acabaram dando certo, tipo Henrique Dourado. Ele teve um custo baixíssimo e acabou se tornando artilheiro do Campeonato Brasileiro.

Como encontrou o clube financeira­mente? Havia espaço na folha salarial para contratar?

O presidente nos passou um determinad­o orçamento com o qual conseguimo­s fazer um aporte em nível de folha (salarial)

A estratégia foi buscar essas oportunida­des já que havia pouco para investir? Tínhamos dinheiro para investir, mas não tínhamos condição de fazer uma

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