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Entre as suas contratações houve a de Bruno Gomes, que saiu sem nem estrear. O que aconteceu com ele? A oportunidade dele vir para o Vitória surgiu porque o Estoril (de Portugal) foi rebaixado e teve que emprestar boa parte dos seus jogadores, pois não teria como pagar a mesma folha da primeira divisão. O Estoril continuou pagando grande parte dos salários. Se ele jogasse um número ‘x’ de partidas, começaríamos a pagar cada vez mais do salário. Só que ele chegou, fez a intertemporada com Vagner Mancini e não se destacou. Depois, veio o (João) Burse (técnico do sub-23) e também não se destacou. Com o Carpegiani, a mesma coisa. Então ele nos solicitou sua saída, disse que precisava jogar. Ele disse que não teria espaço, ainda mais depois da chegada do Léo Ceará.
E Maurício Cordeiro? Chegou lesionado?
Ele veio de Israel, onde não jogava desde maio. Nos testes físicos com ele, concluímos que precisava de 15 a 20 dias para entrar em forma. Agora está à disposição e começou a demonstrar evolução na parte física. Ainda não está 100%, mas já está à disposição de Carpegiani.
A utilização dos meninos do sub-23 (Lucas Ribeiro, Léo Gomes e Léo Ceará) realmente estava no planejamento ou é muito mais mérito de Carpegiani? Foram as circunstâncias. Lucas Ribeiro a gente já vinha dando espaço desde quando eu cheguei. Levamos ele para o banco em alguns jogos e Carpegiani viu que tinha potencial. Quando Aderllan se lesionou, ele ganhou espaço. Léo Gomes foi mérito de Carpegiani, que observou ele num treino com do sub-23. Willian Farias e Arouca se lesionaram e Carpegiani viu que Léo estava com ritmo, daí acabou colocando. Léo Ceará eu conhecia há muito tempo, desde a base. Fizemos (pelo Internacional) uma final de Copa do Brasil sub-20 (contra o Vitória) em 2014 e ele jogou muito lá no Beira-Rio. Só que estava emprestado ao Confiança até acabar o contrato dele, então quando fiquei sabendo disso, mandei trazê-lo de volta.
Então o Vitória esteve perto de perder Léo Ceará de graça?
Sim, mas felizmente o recuperamos. Ele já tinha até recebido propostas para jogar em Portugal. Só que ele é rubro-negro, viveu muitos anos no clube. Mostramos um projeto efetivo para ele, no qual que ele teria oportunidade, algo que faltou nos outros anos e que ele reclamou muito. Ele amadureceu bastante, também. Às vezes é bom o jogador ir para outros clubes, porque amadurece muito. Eles são excelentes meninos. Ele, Léo Gomes, Lucas Ribeiro. São jogadores de muito comprometimento, que nunca chegam atrasados, seguem todas as orientações, mantêm o peso. Já renovamos com todos eles. O que o clube tem de mais frágil no momento?
A gente tem um clube que está se organizando, mas que vive uma pungência política grande e isso atrapalha muito o Vitória. Em qualquer clube tem essa pressão externa, mas, ao mesmo tempo, internamente, estamos nos estruturando, organizando, acho que teremos muitos frutos das categorias de base. O que mais atrapalha é essa pungência política, a influência externa. Tentam atrapalhar, mas não chega a afetar o futebol.
O elenco tem 36 jogadores. Não acha que está inchado, repleto de atletas que estão fora dos planos?
Na verdade, nosso elenco está junto com o do sub-23. Então sempre temos à disposição 28, 27 jogadores. Essa é a média. Ao longo do Brasileiro, você precisa de um elenco maior porque é um campeonato muito desgastante. É o campeonato mais difícil do mundo, pelo número de jogos, pela distância que você percorre para jogar. Então, tem que ter um elenco maior, mesmo.
Qual foi a sua primeira impressão na chegada?
No meu primeiro dia de clube, fui direto para Santos. Cheguei lá no sábado à noite e jogaríamos no domingo. Tomamos aquela goleada (5x2 para o Santos). Até brinquei com o presidente, que nunca tinha tomado tantos gols. Aquilo me assustou. Fomos trabalhando aos poucos e tivemos algumas vitórias. Agora estamos vivendo uma fase de equilíbrio, que era o que faltava. Paramos de tomar tantos gols. É sofrido, vencendo por 1x0, bola na trave, mas os jogadores têm demonstrado uma doação enorme e isso tem que ser exaltado.
Como foi a escolha por Carpegiani? Foi a primeira opção? Por que demorou tanto para anunciá-lo? Tínhamos uma sequência muito difícil após a saída de Mancini, com Grêmio, Cruzeiro, Palmeiras e Flamengo. Chegamos ao consenso pelo nome de Carpegiani após o jogo contra o Grêmio. Discutimos algumas coisas e ele aceitou prontamente. Não houve recusa, nada disso.
Efetivar o interino João Burse foi cogitado?
Foi um processo de amadurecimento para Burse. Importante para ele, mas sabíamos que não era o momento. O Vitória precisava