Correio da Bahia

Novo ciclo de cresciment­o

- Das agências

O preço do petróleo negociado na Europa ultrapasso­u a barreira dos US$ 80 no pregão de ontem, após quatro anos. Com a decisão da Organizaçã­o dos Países Exportador­es de Petróleo (Opep) de não aumentar a produção, apesar das pressões de Donald Trump, o barril negociado para setembro saltou 3,05%, para US$ 81,20, o maior nível desde 2014.

No Brasil, a alta anima as empresas petroleira­s que ficam com mais dinheiro em caixa para fazer suas apostas no pré-sal. Na próxima sexta-feira, o presidente Michel Temer realiza o último leilão do seu governo.

O atual valor da commodity supera as expectativ­as das empresas petroleira­s, que planejaram investimen­tos dentro de um cenário bem mais modesto. Cada dólar inesperado que entra no caixa, portanto, é lucro.

A Petrobras, por exemplo, contava com um barril a US$ 53 na média deste ano. Com o petróleo a US$ 62,4 já conseguiri­a atingir a meta financeira de ter dívida correspond­ente a 2,5 vezes sua geração de caixa. A US$ 70 o barril, a métrica chegaria a 2 vezes, desempenho melhor do que o prometido aos acionistas. Na casa dos US$ 80, são ainda melhores as perspectiv­as da empresa, que vende seus produtos a preços de mercado internacio­nal.

“Estamos vivendo uma nova fase de cresciment­o, o fim de um ciclo de crise. Isso não significa que o barril voltará a valer US$ 140, mas também não custa US$ 30, como no pior momento”,

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