Correio da Bahia

Mulherada com o poder

- Laura Fernandes

Não, a ideia não é reforçar a mulher como objeto de desejo, defende o compositor baiano Tierry, 29, que assina a música que abre o disco: Senta, Senta. Na letra, “a macharada pira o cabeção”, quando a mulher “senta”, mas Tierry faz questão de destacar que a mulher pode fazer o que ela quiser, cabe ao homem respeitar os limites.

“É uma música sobre o poder da mulher, da sua sensualida­de, da importânci­a dos homens respeitare­m a vontade delas de serem o que quiserem e usarem a roupa que quiserem. Os homens podem até se arrepiar ao ver uma mulher dançando, sexy, mas têm que respeitar”, garante Tierry, que também assina a música Revelia. “Manu tem a mesma personalid­ade musical da Simone & Simaria. Queria algo que fosse impactante”, explica.

Defensora da mulher empoderada, Manu confessa com seu vozerão: “Sou uma mulher submissa”. Sem hesitar, explica que não vê nada errado nisso. “Sou uma mulher submissa, porque dependo do meu esposo e sou feliz. Ele é o cara que paga as minhas contas e eu gasto tudo!”, dá uma gargalhada do outro lado da linha. “Acho até legal o cara achar que está mandando e a gente deixar...”, completa, rindo.

Emanuella Tenório Rocha, a Manu, se considera uma mulher forte. Mãe com 21 anos, criou a filha de 11 anos sozinha, até encontrar sua atual cara-metade. Além disso, aprendeu a cantar na igreja com 11 anos e encarou o mundo da música profission­almente com apenas 14 . “Com o tempo, a mulher ganhou seu devido lugar na sociedade. Não acho errado a mulher ser submissa, mas não acho correto é ela se submeter a abusos e grosserias. A mulher ganhou força e fico muito feliz com isso. Somos muito capazes, graças a Deus”, agradece.

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