Val Bandeira ganhou liberdade condicional em junho
O líder de Caíque e do tráfico no Nordeste, Val Bandeira, foi solto em junho deste ano, após receber liberdade condicional, em audiência comandada pela juíza Maria Angélica Carneiro.
À época, ficou decidido que ele seria liberado com o dever de seguir algumas determinações. Val responde por tráfico de drogas, roubos a bancos e homicídios. Além da Unidade Especial Disciplinar (UED), na Mata Escura, ele também ficou preso nas unidades federais de Catanduvas (PR) e Serrinha, no Centro-Norte baiano.
Para continuar cumprindo a pena em liberdade, Val teve que arranjar um emprego (ocupação lícita) no prazo de 90 dias, desde a soltura, comunicando e comprovando periodicamente à Justiça essa atividade. A juíza também determinou que ele não poderá mudar o território da Comarca do Juízo da Execução sem avisar previamente essa decisão, tampouco mudar de residência sem comunicação prévia - assim, ele deve continuar morando no bairro da Santa Cruz, endereço informado à Justiça.
O prazo para cumprimento da pena vence em 14 de junho de 2022. Até lá, ele terá de abdicar da vida noturna. A juíza especifica que ele não poderá frequentar bares, casas de jogos ou de prostituição, festas de largo ou carnavalescas. Prevê que ele deve estar em casa, todos os dias, até as 22h. Está proibido de andar armado. A cada três meses, deve justificar as suas atividades.
Para continuar cumprindo a pena longe da prisão, o fundador do CP também teve que “procurar viver em harmonia com a família e os vizinhos, trazendo ao conhecimento do Setor de Atendimento Psicossocial os fatos que lhe perturbem a convivência”.
A juíza Maria Angélica Carneiro também o orientou a cumprir recomendações feitas pelas autoridades responsáveis pelo acompanhamento do processo de seu retorno ao convívio social.