Anvisa afirma que ‘monitora a situação’
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou ao CORREIO que, em julho, a empresa que detém o registro da Ritalina, a Novartis Biocências S.A., relatou que a descontinuação de fabricação/importação do medicamento foi devido a uma situação de curto prazo - houve uma demanda maior do que a prevista, em maio. Isso impossibilitou uma reação rápida.
“Em julho, a empresa notificou a reativação de fabricação do medicamento e informou que lotes de Ritalina 10mg estariam disponíveis ainda em julho e lotes de Ritalina LA em agosto. A Anvisa está monitorando a situação desse medicamento no mercado e a empresa foi notificada para prestar esclarecimento. Caso seja constatada a infração, serão tomadas as providências cabíveis”, diz o órgão regulador.
Em nota, a Anvisa ainda destacou que o mercado de medicamentos é dinâmico, com flutuações devido a procedimentos como importação e cadeia de distribuição. Isso poderia levar a faltas eventuais de produtos em alguns pontos de venda, mas não necessariamente que eles não estejam mais sendo fabricados.
Através da assessoria, a Novartis informou que, por ser um produto controlado e com retenção de receita, a disponibilização do medicamento “segue rígidos processos de exportação e importação, que incluem a existência de cotas pré-estabelecidas pelo órgão regulador”.
A Novartis destacou, ainda, que os remédios têm prazo de validade curto (12 meses para Ritalina e 15 meses para Ritalina LA), o que prejudica formação de estoque de longo prazo. Além disso, como o processo de produção, logística e distribuição é complexo, a falta temporária gera um aumento de demanda – ou seja, preocupado, o paciente passa a fazer estoques preventivos.
A empresa informou que, desde que detectou a situação, notificou a Anvisa de forma preventiva, em junho, e buscou alternativas para retomar o abastecimento a partir de 24 de julho. Essas alternativas incluem o abastecimento por transporte aéreo.