Correio da Bahia

Da 2ª Guerra às urnas, um nacionalis­ta esperanços­o

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Foi em uma banca de revista que Vitório Mariani decidiu entrar na política. Estava revoltado com alguma notícia sobre corrupção e disse a um colega que seria candidato. O conhecido respondeu, entre descrente e empolgado: “Vou votar em você”. O senhor de 87 anos espera, agora, o voto. Vitório Brandão Mariani da Silveira é o candidato mais velho da disputa na Bahia.

É neto de Francisco Mariani, presidente da então província de Goiás, em 1852, e filho de Arthur Leite, prefeito de Ilhéus entre 1948 e

1951. Até então, no entanto, acompanhar­a como espectador assuntos políticos. Na infância, em Itabuna e Ilhéus, acompanhou as interferên­cias da Segunda Guerra Mundial. “Quando eu tinha 11 anos [em 1943], estava num navio e acendi uma luz. Ouvi logo do comandante: ‘Você quer afundar o navio? Tem submarino inimigo aqui do lado”, lembra.

O navio não afundou e o então jovem de ascendênci­a italiana chegou a Salvador para os últimos anos de escola. Daqui, foi para São Paulo, onde trabalhou numa corretora de ações em São Paulo e chegou a ganhar mais de R$ 300 mil por mês. Na volta a Salvador, criou o Bahia Country Club, na década de 60, e depois, em 1963, com o negócio já falido, idealizou o Campomar.

Com o golpe de 1964, decide voltar à Bahia, com o fim das corretoras de venda de ações. “Abriram para os norte-americanos. Nossa riqueza nacional foi se perdendo”, lamenta ainda hoje o nacionalis­ta, para quem o “momento atual do Brasil é o pior possível”. Agora, se ‘alistou’ para melhorar essa situação.

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