Haddad ressalta a família
A ligação do presidenciável do PT, Fernando Haddad, com a família e seu casamento de 30 anos foi destacada no retorno, ontem, do horário eleitoral gratuito na TV. Essa é a tentativa do candidato se ligar a valores familiares e conquistar o eleitorado mais conservador, a exemplo dos evangélicos que votam em sua maioria em Jair Bolsonaro (PSL), de acordo com dados da pesquisa Datafolha da última quarta-feria. O candidato do PSL tem 60%, contra 26% de Haddad entre os evangélicos.
O programa do PT também apresentou propostas que o petista pretende implantar, como o “Meu emprego de novo” e a “Retomada do salário mínimo forte”. Durante a propaganda, o PT também ampliou as críticas a Jair Bolsonaro e ligou casos de violência ocorridos na campanha ao adversário, como fizera mais cedo no rádio. Figura constante no primeiro turno, o ex-presidente Lula teve uma rápida aparição, de pouco mais de dez segundos. No programa de rádio, nem isso. Lula está preso em Cu- ritiba (PR), condenado pela Operação Lava Jato por corrupção e lavagem de dinheiro no caso envolvendo o apartamento triplex no Guarujá.
Na aparição de Lula, o ex-presidente, em um discurso, afirma que “em 500 anos de Brasil, nós nunca tivemos ninguém com a capacidade do Haddad para fazer o que foi feito pela educação”, uma citação à participação de Haddad como ministro da Educação em seu governo.
Na abertura do programa do candidato petista, a propaganda do partido tentou relacionar os crimes de ódio registrados no país nas últimas semanas ao candidato adversário neste segundo turno. A propaganda destacou a biografia de Haddad, informando que ele, além de ser formado em Direito e mestre em Economia, “também toca guitarra”. No final, o candidato pede paz, união e voto dos que optaram pelos adversários no 1º turno. “Essa campanha não é de um partido, é dos que querem mudar para melhor o nosso país (...). Vamos nos unir, a hora é agora”, discursou.