PROGRAMAÇÃO
Correria, ansiedade e expectativa. Esse é o clima na Universidade Federal da Bahia (Ufba) com o III Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão, que ocorre de hoje a quinta.
No terceiro ano seguido em que o evento é realizado, estão previstas uma homenagem ao mestre de capoeira Moa do Katendê, morto durante uma discussão política no último dia 7, e cerca de 150 mesas de debate que vão apresentar 3.200 trabalhos em mais de 120 espaços. Mais de 90 intervenções artísticas também estão previstas, sendo que várias atividades acontecem de forma simultânea.
“Assim como nas edições anteriores, (o evento) tem como objetivo mostrar à sociedade tudo que é produzido dentro da universidade. E não pense que é exagero, o congresso tem tudo mesmo: desde Educação até Engenharias, passando por Comunicação, Direito, Geologia, Saúde e Ciência da Informação”, explicou o reitor João Carlos Salles, em entrevista coletiva ontem.
O responsável por iniciar as atividades neste ano será o professor Moniz Sodré que, segundo a professora Mariluce Moura, vai fazer uma palestra “tomando o exemplo do incêndio do Museu Nacional (no Rio) para mostrar a diferença entre instituições públicas e privadas”.
A palestra intitulada “Instituições públicas na defesa da cultura e produção do conhecimento” está marcada para acontecer no Teatro Castro Alves (TCA). Na ocasião, também ocorrerá a homenagem a Moa do Katendê, por conta de suas contribuições para a cultura da Bahia, como músico, ativista social Credenciamento Das 9h às 17h, na Biblioteca Universitária Prof. Álvaro Rubim de Pinho
Abertura do congresso Teatro Castro Alves (TCA), com a Orquestra Sinfônica da Ufba e saudação do Mestre Nenel Moniz Sodré, às 18h
Informações No site: http://www.congresso2018.ufba.br/ e mestre de capoeira.
Durante o congresso, o reitor vai assinar um Termo de Cooperação Técnica junto à Secretaria estadual de Políticas para as Mulheres (SPM-BA). O documento prevê medidas que vão “apoiar e promover o combate à violência contra as mulheres por meio de realização de campanhas de sensibilização da sociedade, sobretudo da comunidade científica”.
Segundo a professora Suani Tavares, chefe de gabinete da Reitoria, a assinatura do termo prevê apoio a ações como “Respeita as Mina” campanha de conscientização elaborada pela pasta e que já contou até com trio elétrico no Carnaval -, além de medidas mais específicas como o incentivo para inserção e manutenção de mulheres no meio científico.
A primeira edição do congresso, em 2016, homenageou o aniversário de 70 anos da universidade. Neste ano, o chamariz também é uma data simbólica: os 50 anos da pós-graduação na instituição. Em 1968, começaram os primeiros mestrados nas áreas de Ciências Humanas e Química.