Equilíbrio e moderação são as palavras de ordem

Na era dos extremos é fundamental buscar o caminho do meio, o caminho do consenso. A sociedade brasileira amadureceu bastante nos últimos anos e todos aqueles que insistirem em posições extremadas serão paulatinamente, ou mesmo abruptamente, afastados da vida pública.

Colocar um revólver taurus ou um kit gay nas mãos de uma criança é a típica atitude extremada que a sociedade brasileira repudia veementemente. Nossa democracia parece ainda adolescente, por isto é preciso que tenhamos o compromisso de garantir e consolidar os valores e cláusulas pétreas da Constituição promulgada em 1988, sobretudo as garantias individuais e coletivas.

Daqui a alguns anos, esta nossa democracia chegará à maturidade e, como homens públicos, estaremos defendendo questões fundamentais para a melhoria da vida de todos, sem que precisemos perder tempo com questões pontuais e divergências tacanhas como as que se colocam agora diante de nossos olhos.

É chegada a hora de a classe política cumprir uma agenda de compromissos que efetivamente venha a sedimentar a construção de um mundo melhor para todos. Essa construção terá, como base, a fraternidade humana e o respeito ao contraditório; e, como topo, a certeza de que nenhum desenvolvimento humano é possível sem investimentos no setor de educação.

Salvador hoje dá um exemplo bastante altivo para todo o Brasil com as propostas de educação que estão sendo consolidadas na rede municipal de ensino, com participação de pais e filhos, comunidade e prefeitura de Salvador. Estamos propondo educação na veia. Esse é o melhor antídoto contra as ditaduras de esquerda e de direita ou mesmo contra as catástrofes anunciadas.

Na era dos extremos, equilíbrio, moderação e autocontrole não significam passividade em relação aos problemas. São, isto sim, as palavras de ordem para que consigamos atingir o nível de civilização capaz de conter o avanço da barbárie.