Edigar garante que boa fase está de volta
A máxima do futebol diz que “atacante vive de gols”. Se é assim, Edigar Junio está bem vivo no Bahia. Artilheiro dos gols decisivos, ele voltou a ser letal ao marcar o tento que garantiu o triunfo do Bahia por 1x0, sobre o Botafogo, no sábado passado, no Engenhão, no Rio de Janeiro.
A cidade carioca, inclusive, tem sido o cenário ideal para o atacante. Foi lá que ele marcou os seus três últimos gols (dois contra o Botafogo e um diante do Fluminense). Por isso, Edigar era só sorrisos durante a reapresentação do elenco tricolor, ontem, no Fazendão. Ele comemorou o triunfo e afirmou que o bom momento voltou.
“Estou muito feliz. Agradeço a Deus por mais esse gol. A gente vai lutando a cada dia, não podemos desistir. Venho trabalhando, buscando melhorar. Sempre acreditei que no momento certo o gol ia sair e dessa vez veio”, disse Edigar.
É nesse bom astral que o Bahia quer encarar o Atlético-PR, amanhã, pela Copa Sul-Americana. Cria das divisões de base do time paranaense, Edigar torce para que a “lei do ex” se faça presente e ele possa balançar a rede rival. “A gente está aqui para levar o Bahia o mais alto possível e temos mais essa oportunidade”, avisou. O Bahia enfrenta o Atlético-PR amanhã, às 21h45, na Fonte Nova, no primeiro jogo das quartas de final da Copa Sul-Americana. E o clichê de que o time precisa fazer o dever de casa ganha ainda mais força neste confronto.
Isso porque o Atlético Paranaense é um time de extremos. No Brasileirão, o adversário tricolor não venceu uma vez sequer como visitante. Em 15 jogos, perdeu nove e empatou seis. O aproveitamento de 13% no quesito é o terceiro pior da Série A, melhor apenas que Chapecoense (11%) e Paraná (2%).
Há uma ressalva a fazer justamente no recorte da Copa Sul-Americana. O Atlético-PR ganhou duas das três partidas que fez fora de casa na competição. Perdeu do Newell’s Old Boys por 2x1 na Argentina, ainda na primeira fase, depois venceu Peñarol (4x1 no Uruguai) e Caracas (2x0 na Venezuela) na segunda fase e nas oitavas de final, respectivamente.
Já o retrospecto dentro de casa impressiona, só que positivamente. Na Arena da Baixada, são 11 vitórias, um empate e três derrotas pelo Brasileirão, um aproveitamento de 75% que é o quarto melhor da competição entre os mandantes – superado apenas por Palmeiras, Flamengo e Internacional, que brigam pelo título. Por isso, é oitavo colocado no geral.
Pela Sul-Americana, o rendimento do time em Curitiba é 100%: 3x0 no Newell’s, 2x0 no Peñarol e 2x1 no Caracas. É lá que o Bahia fará o jogo de volta das quartas de final, dia 31. Quem avançar nessa etapa enfrentará na semifinal o Fluminense ou o Nacional, do Uruguai.
O Bahia é um time que, na comparação com os demais clubes da Série A, se mantém inalterado pelo fator campo. Estatisticamente, o tricolor é o 11º melhor mandante e também 11º melhor visitante do campeonato. No geral, é exatamente o 11º colocado.
Isso, no entanto, não significa que os resultados obtidos em casa e fora são equivalentes. Em Salvador, o Bahia venceu sete, empatou seis e perdeu dois jogos na Série A, com aproveitamento de 60%. Como visitante, ganhou dois, empatou quatro e perdeu nove, rendimento de 22%.
Na Copa Sul-Americana, o Esquadrão não vacilou e venceu todos os jogos dentro de seus domínios: 4x0 no Blooming, 2x0 no Cerro (este em Pituaçu) e 2x1 no Botafogo. Fora, perdeu da equipe boliviana por 1x0, empatou em 1x1 com o time uruguaio e perdeu do alvinegro carioca por 2x1, mas conseguiu a classificação nos pênaltis. Vale lembrar que na competição internacional o gol marcado fora de casa conta como critério de desempate.
Os ingressos para o duelo na Fonte Nova estão à venda no site arenafontenova.com.br e presencialmente nos shoppings da Bahia, Paralela, Bela Vista (todos de 9h às 22h), Estrada do Coco (10h às 20h) e Multishop Boca do Rio (8h às 20h), além das bilheterias do estádio (10h às 16h).
Os ingressos custam R$ 50, R$ 70, R$ 100 (visitante) ou R$ 140, a depender do setor no estádio. Preços de inteira.