Bancada evangélica divulga ‘plano de governo’
A declaração contraria outra dada por Nabhan antes da visita, quando disse que era “inevitável” a fusão dos dois ministérios por serem os que mais têm sintonia. “Se for melhor para o Brasil que haja o Ministério da Agricultura separado do Meio Ambiente, depois de eleito todos vão sentar e o presidente ouvir toda a sociedade”, disse. Acompanhado de cerca de 40 ruralistas que afirmaram apoiar o nome de Nabhan para ministro, o líder da UDR informou que não teve sua nomeação confirmada para a pasta, “e nem era esse o objetivo da visita”.
“Hoje (ontem) foi a vez dos produtores, de quem ajuda a pagar a conta do Brasil, viemos reiterar nosso apoio, que sempre demos, incondicional, desde o início da caminhada. Ele (Bolsonaro) reiterou que a base produtora vai indicar a composição do Ministério da Agricultura”, disse. A Frente Parlamentar Evangélica divulgou ontem um plano de diretrizes para o novo governo, que foi entregue ao candidato do PSL, Jair Bolsonaro, na semana passada. O documento de 60 páginas, intitulado “O Brasil para os brasileiros”, aborda pontos como segurança jurídica, educação e pede também uma modernização previdenciária. “Nós queremos oferecer ao novo governo uma linha de pensamento nossa”, afirmou o presidente da frente, o deputado Hidekazu Takayama (PSC-PR).
Sobre a Previdência, o estudo afirma que “a modernização previdenciária deve ter como princípios a contributividade e a sustentabilidade financeira, lastreada em robusto cálculo atuarial”. O texto afirma ainda que o tema deve passar por amplo debate, mas sugere proteção ao direito adquirido e à expectativa de direito. Sugere ainda a instituição de comissão de notáveis para propor “a melhor fórmula atuarial possível, após amplo ciclo de debates com o parlamento e com a sociedade, que garanta a sustentabilidade financeira da Previdência pública e a proteção aos segurados”, diz.